Um torcedor invadiu o campo durante a partida entre Portugal e Uruguai nesta segunda-feira (28). O jogo é o último da segunda rodada da competição. O homem estava com uma bandeira LGBT+ em suas mãos como forma de protesto contra as leis do país-sede da Copa do Mundo.
A invasão foi rapidamente detida pelos seguranças do estádio Lusail, local da partida. Enquanto corria das autoridades, o torcedor largou a bandeira no chão e, posteriormente, o objeto foi recolhido pelo árbitro e entregue para responsáveis ao redor do gramado.
Na camiseta do homem, as estampas traziam outras duas mensagens políticas. "Respect for Iranian woman" (Respeito pela mulher iraniana, na tradução livre) nas costas. A frase faz jus ao momento conturbado que o Irã vive, com dois meses de manifestações por conta da morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, que apareceu morta após ser presa pela polícia dos costumes do país por "uso inadequado" do véu islâmico, obrigatório no país.
Na parte da frente da roupa do torcedor, o símbolo do Super-Homen e um outro recado: a escrita Save Ukraine" (Salve a Ucrânia), pedia ajuda ao país em guerra contra a Rússia.
Polêmicas no Catar
O Catar, que recebe a edição do Mundial deste ano, não aceita relações homoafetivas no país e proibiu protestos durante o período da maior competição de seleções do planeta.
Sete nações europeias queriam se manifestar utilizando a braçadeira de capitão de um arco-íris escrito “One Love”, movimento de apoio ao público LGBT+. Porém, a Fifa proibiu o uso do símbolo.
Manifestante em campo
De acordo com o ge, O homem em questão é o italiano Mário Ferri, já conhecido por invadir jogos com a camiseta do Super-Homem. Ele entrou no campo durante a semifinal entre Espanha e Alemanha em 2010. Em 2014, durante as oitavas de final entre Bélgica e EUA.