O Stade Océane, local do jogo do Brasil contra Gana, na sexta-feira (23), não será motivo de queixas por parte da Seleção Brasileira. O gramado está em excelente estado. Ele é utilizado pelo Le Havre AC nos jogos da Segunda Divisão francesa. Inaugurado há 10 anos, tem capacidade para 25 mil pessoas e apresenta excelente conservação e conforto para os torcedores.
O que chama atenção é a cobertura, toda em acrílico azul bem vivo, para simular a cor do mar. A previsão de público aponta lotação completa. A Seleção Brasileira, para preservar o piso, vai treinar nesta quarta-feira (21) no campo principal e deixará o treinamento de véspera para o CT do Le Havre, que fica ao lado do estádio.
Aviso na lateral direita
A presença de Éder Militão como titular da lateral direita no treinamento de terça-feira (2) tem tudo para ser um aviso de Tite antes da convocação final para a Copa. Sem um jogador específico para a posição que esteja em grande fase, é possível que o treinador busque mais um zagueiro que seja polivalente.
Militão foi lateral no São Paulo. O volante Fabinho e o zagueiro Marquinhos já atuaram por ali, e o gaúcho Ibañez também conhece o setor. Danilo é presença certa na lista do Mundial e Daniel Alves, mesmo com adversidades como a idade e o fato de estar no México, também segue como forte candidato.
Hotel navio
Le Havre foi uma cidade reconstruída após a Segunda Guerra Mundial. Toda a região central foi destruída nos bombardeios durante o conflito, e o que restava antes de 1944 não resistiu ao célebre "desembarque da Normandia" por parte das forças aliadas.
Houve preocupação dos franceses em recuperar o local e chamar diversos arquitetos do mundo inteiro, o que gerou construções diversas e algumas com toque notável de originalidade. O Hotel Hilton Garden, onde está a Seleção Brasileira, fica de frente para o mar, junto a uma marina que abriga centenas de barcos. Em função da localização, o prédio simula um transatlântico, tendo inclusive a proa que aproveita uma esquina com ângulo inferior a 90 graus. O terraço simula um convés, e os andares de apartamentos se parecem com as cabines de uma embarcação. Só falta o atendimento ser feito por pessoas vestidas de marinheiros.
A nave brasileira
É costume a Seleção Brasileira ter à disposição meios de transporte modernos e confortáveis. Em Le Havre, no entanto, o ônibus é uma atração à parte. Todo preto e com uma forma de trem-bala, já foi apelidado de bat-bus, numa alusão ao carro do Batman. Como de praxe, há um veículo reserva nos deslocamentos da delegação. Embora da mesma cor e com vidros escurecidos, o suplente é bem mais convencional.
O elogio de Raphinha
Representante da zona sul da Capital, nascido no bairro Restinga e com breve passagem pelo antigo Porto Alegre, o atacante Raphinha ficou satisfeito ao saber que um clube daquela região da cidade se classificou para a disputa da Segundona Gaúcha. O Monsoon não era conhecido pelo jogador do Barcelona que, mesmo assim, já fez um elogio:
— Eles estão utilizando um dos melhores CTs do Rio Grande do Sul e talvez do Brasil .
Ele se refere às instalações do seu antigo clube, construídas pela família Assis Moreira e agora adotadas pelo novo integrante da Segunda Divisão estadual.
