A final da Copa do Mundo colocará frente a frente os técnicos Didier Deschamps e Zlatko Dalic.
O primeiro já conquistou a competição como jogador pela França, em 1998, e busca repetir o feito como técnico. Já o segundo, conseguiu uma classificação inédita para a Croácia na decisão e busca levantar a taça pela primeira vez.
França e Croácia entram em campo neste domingo (15), às 12h, em Moscou. GaúchaZH conta a trajetória dos quatro treinadores que ainda sonham com o título mundial na Rússia.
Didier Deschamps
Nascido em Bayonne, Deschamps foi uma peça ativa no único título mundial francês até hoje. Em 1998, quando tinha 29 anos, foi o capitão da geração liderada por Zidane na Copa disputada em casa. Vinte anos depois, é o treinador em uma nova aparição nas semifinais.
O volante começou a carreira de jogador no Nantes. Ainda na França, passou por Olympique de Marselha e Bordeaux. Depois, rodou a Europa jogando por Juventus, Chelsea e Valencia. Junto de Tite, com R$ 14,5 milhões por ano, tem o segundo maior salário de um treinador na Copa, ficando atrás apenas do alemão Joachim Löw.
Parou de jogar em 2001 e já começou a carreira de técnico. Passou por Monaco, Juventus e Olympique de Marselha até ser convidado para treinar a França em 2012. Os trabalhos na seleção resultaram em uma eliminação nas quartas de final na Copa de 2014 e em um vice-campeonato na Euro 2016, perdendo a final para Portugal. Na Copa deste ano, a favorita passou em primeiro no grupo sem grandes sustos.
Nas oitavas, eliminou a Argentina ao vencer por 4 a 3. Nas quartas, novamente despachou uma seleção sul-americana: venceu o Uruguai por 2 a 0. Na semifinal, com gol de Umtiti, a seleção francesa bateu a Bélgica por 1 a 0.
Zlatko Dalic
Dalic nasceu na cidade de Livno que, em 26 de outubro de 1966, era um território da Iugoslávia. Atualmente, pertence à Bósnia e Herzegovina. Apesar das questões políticas da região, o treinador assumiu a nacionalidade croata. Como volante, passou toda a carreira em times da região da antiga Iugoslávia — na maior parte, na própria Croácia. Parou de jogar em 2000.
Técnico desde 2005, passou por times da Croácia, Albânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Tem o 18° melhor salário de um treinador desta edição da Copa, faturando R$ 2,3 milhões por ano.
Assumiu a seleção croata em outubro de 2017 por conta dos maus resultados de Ante Cacic. Mesmo com pouco tempo no cargo, conseguiu bons frutos imediatos. Garantiu o segundo lugar no grupo nas Eliminatórias e venceu a Grécia na repescagem. Na Copa, ficou à frente da Argentina no Grupo D, com direito a uma goleada de 3 a 0.
Nas oitavas, após empatar em 1 a 1 com a Dinamarca, venceu nos pênaltis. Nas quartas, com a bola rolando, empatou em 2 a 2 com a anfitriã e novamente se classificou nas penalidades. Contra a Inglaterra, em sua terceira prorrogação seguida, depois do 1 a 1 nos 90 minutos, os croatas conseguiram marcar o gol da classificação inédita à final.