
Ter um dos melhores centroavantes do mundo no elenco é o ponto forte da seleção da Polônia. Porém, não é só a presença de Robert Lewandowski que torna o time polonês capaz de incomodar. Com trabalho de longo prazo, esquema organizado, grupo experiente e jogadores de qualidade, os poloneses caíram em um grupo que não é dos mais difíceis, o que torna possível sonhar até com uma vaga nas quartas de final.
A equipe tem bons jogadores em todos os setores. A zaga é liderada pelo eficiente Kamil Glik. O ritmo do meio-campo é ditado pelo volante Grzegorz Krychowiak. Nas beiradas, dois extremas rápidos: Kuba e Grosicki. A referência é Lewandowski, artilheiro das eliminatórias.
A Polônia não participa da Copa do Mundo desde 2006. A aposta é no trabalho de longo prazo do técnico Adam Nawalka, 60 anos, que, como meio-campista, foi contemporâneo dos craques Lato e Boniek. Ele está no comando da seleção polonesa desde 2013. Na Euro 2016, a equipe foi eliminada nas oitavas de final sem perder nenhuma partida. Nas eliminatórias europeias, a classificação veio com autoridade. Foram oito vitórias em dez jogos.
Nos amistosos de março, a Polônia perdeu por 1 a 0 para a Nigéria e venceu a Coreia do Sul por 3 a 2. Um ponto que ainda preocupa é a defesa. Talvez por isso Nawalka tenha testado nessas partidas um esquema com três zagueiros. Nas eliminatórias, por exemplo, a equipe sofreu 14 gols em 10 jogos, sendo a defesa mais vazada entre os líderes de grupo.
Apesar dos testes, a tendência é que a Polônia atue no 4-2-3-1. O time-base tem: Szczesny; Piszczek, Glik, Pazdan e Rybus; Krychowiak e Linetty; Blaszczykowski, Zielinski e Grosicki; Lewandowski.
Na Copa 2018, os poloneses estão no Grupo H, um dos menos competitivos, ao lado de Japão, Senegal e Colômbia.