Além da "revanche" do 7 a 1, o jogo contra a Alemanha, nesta terça (23), será um verdadeiro teste para ver como a Seleção Brasileira enfrentará um adversário competitivo sem a presença de Neymar na equipe. Desde a fatídica semifinal da Copa 2014, todos os tropeços significativos do Brasil ocorreram quando o craque estava ausente. O técnico Tite utilizará o amistoso contra os alemães para encontrar uma alternativa de jogo sem o atacante do PSG.
— É o momento de a gente fazer um teste sem o Neymar. Sabemos da dificuldade que é. É o nosso maior jogador, que faz falta em qualquer equipe. Um jogador com a qualidade dele é difícil de ser substituído. Mas temos grandes nomes com talento parecido com o do Neymar, que com certeza vão dar conta do recado — disse o zagueiro Miranda.
Contra a Alemanha, caberá a Philippe Coutinho, do Barcelona, fazer a função do atacante do PSG, como um ponta pela esquerda, por vezes, alternando com Willian.
— O Neymar é um grande jogador, muito importante para a Seleção. Claro que sentimos a falta dele, mas temos que suprir isso. No último ano, a Seleção cresceu muito coletivamente. Isso é um ponto principal da Seleção, o coletivo — aposta Philippe Coutinho.
Do 7 a 1 de 2014 até o amistoso contra a Rússia, na última sexta (23), a Seleção Brasileira disputou 47 jogos, sendo 31 com Neymar em campo. No total, foram 25 vitórias, cinco empates e uma derrota, um aproveitamento de 86%. Já sem o craque, foram 16 jogos, oito vitórias, três empates e cinco derrotas. Com o camisa 10 fora, o desempenho despenca para 56%.
Além da fatídica derrota para a Alemanha em 2014, Neymar não atuou nas eliminações do Brasil nas quartas de final da Copa América 2015, para o Paraguai, e também na primeira fase da Copa América Centenário 2016, na derrota por 1 a 0 para o Peru.
Até mesmo no único revés do Brasil sob o comando de Tite - 1 a 0 para a Argentina, em junho de 2017 - Neymar não estava em campo. Para os jogadores alemães, no entanto, o atual treinador da Seleção está conseguindo desenvolver um estilo de jogo independente do craque do PSG.
— Eu acredito que agora eles não precisam tanto do Neymar como precisavam em 2014. Eles estão mais compactos agora. Todos sabem que o Brasil está bem mais forte. Mesmo sem o Neymar eles sao uma equipe boa, com várias opções, pois eles tem muitos jogadores bons — disse o meia-atacante alemão Leroy Sané, do Manchester City.
— É claro que há diferença quando um time não pode contar com Neymar, porque é um jogador que pode decidir a qualquer momento. Infelizmente ele está machucado. Mas o Brasil tem outros jogadores de muito destaque nos principais campeonatos do mundo — completa o goleiro alemão Ter Stegen, do Barcelona.
Outro possível substituto de Neymar na ponta-esquerda do campo é o meia-atacante Willian, do Chelsea, que atuou por aquele setor em vários momentos na vitória por 3 a 0 sobre a Rússia. Ele aposta no coletivo para que o Brasil siga forte mesmo sem Neymar.
— O Neymar é um jogador importante. Todos sabemos da importância dele na Seleção Brasileira, mas o importante hoje na Seleção é o coletivo, que é muito forte. Aparecendo o coletivo, as individualidades aparecem. Queríamos tê-lo com a gente, mas temos jogadores que podem fazer a diferença — destaca William.
Sem Neymar, o Brasil enfrenta a Alemanha nesta terça (27), às 15h45min (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Berlim.
Do 7 a 1 até hoje:
Com Neymar
31 jogos
25 vitórias
5 empates
1 derrota
86%
Sem Neymar
16 jogos
8 vitóriaa
3 empates
5 derrotas
56%