Corinthians e Fifa divergem há semanas sobre quem pagará os R$ 60 milhões referentes às estruturas móveis da Arena Corinthians, palco de abertura da Copa do Mundo no dia 12 de junho, com o duelo entre Brasil e Croácia.
Questionado sobre quem vai arcar com os valores, o presidente Mário Gobbi falou que essa é uma questão para o ex-presidente Andrés Sanchez, mas não deixou de alfinetar os gastos da Copa.
- Isso é um assunto que muda de hora em hora. É um tema que a cada dia tem um fato novo. O expert em estádio, arquibancada móvel, chama-se eterno presidente Andrés Navarro Sanchez. Posso dizer algo aqui e o quadro mudar na mesma hora. Eu sugiro, para que não se tenha informações contraditórias, que vocês (jornalistas) perguntem ao meu amigo. Ele tem atualizada, minuto a minuto, a bolsa de valores do pagamento das despesas da Copa. Ê, Copa do Mundo, hem... Fala a verdade! (risos) - afirmou Gobbi, em coletiva na última sexta-feira.
Em entrevista ao "Bola da Vez", da Espn Brasil, Andrés Sanchez garantiu que o Corinthians vai bancar os gastos de "alguma forma, que ele ainda não sabe como". Neste sábado, o jornal "O Estado de S. Paulo" afirmou que a Fifa vai pagar a conta agora, mas que no futuro será ressarcida. A entidade, preocupada com a imagem da abertura da Copa, não quer adiar a questão e vai tomar a medida para evitar contratempos.
Em reunião do Conselho na última segunda-feira, Sanchez avisou que o custo total da Arena Corinthians será R$ 1,150 bilhão, já contabilizando os juros. Na ocasião, ele voltou a afirmar que o fundo do clube e da Odebrecht, construtora responsável pelas obras no estádio, iria procurar parceiros comerciais para pagar os R$ 60 milhões das arquibancadas móveis.
Durante o torneio, o estádio de Itaquera terá uma capacidade de 68 mil lugares. O Timão projeta ficar com o estádio com 48 mil lugares, sem os 20 mil assentos provisórios, como estava no projeto inicial antes de virar sede de abertura da Copa.