Será em gabinete a assinatura de parceria entre Inter e Andrade Gutierrez. A premência de retomar as obras para a reforma do Beira-Rio exige uma ação rápida, com cerimonial discreto e ágil. A data não é oficial, mas, possivelmente, a assinatura que unirá clube e empreiteira por 20 anos ocorra na terça-feira. Na etapa final da reforma, o Beira-Rio ficará fechado por quatro meses.
O cronograma de obras também começa a tomar corpo. A primeira ação dos operários da Andrade Gutierrez ao ingressarem no estádio será a conclusão da social, demolida nas últimas semanas de 2010 e jamais reconstruída. A ação mais drástica para o clube, porém, ficará para 2013: o fechamento do Beira-Rio por até 120 dias para a troca de gramado.
Não haverá escapatória. Provavelmente no segundo turno do Brasileirão do ano que vem, o Inter mandará os suas partidas no Passo D'Areia, em Canoas ou, em caso de grandes jogos, até mesmo em estádio maior, como nos de Caxias do Sul. Inspetores da Fifa analisaram o gramado do Beira-Rio e exigiram a sua troca. Querem "padrão Fifa" para o campo de jogo. Até um manual de como deve ser o novo piso foi entregue pela entidade ao Inter. A grama precisa ser plantada no próprio local, não pode apenas ser comprada e instalada, a drenagem leva o padrão inglês, a vácuo, e somente essa parte da obra terá custo aproximado de R$ 6 milhões.
A reforma do Beira-Rio começa, enfim, a se tornar realidade. E o Inter precisará buscar uma nova casa para o segundo semestre de 2013, enquanto o seu estádio estará com os portões cerrados.
* leandro.behs@zerohora.com.br | rodrigo.muzell@zerohora.com.br