A prefeitura de Porto Alegre informou que recebeu apenas nesta terça-feira (22) o estudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que prevê a volta parcial do público em jogos do Brasileirão a partir de outubro. O documento, que foi aprovado pelo Ministério da Saúde, ainda não foi analisado pelos técnicos do município, que abriga a Arena do Grêmio e o Beira-Rio, do Inter. Por enquanto, os jogos continuam sem torcida em todos os Estados.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a abertura deve ser para até 30% da capacidade dos estádios, podendo ter o limite aumentado posteriormente conforme decisão do gestor local. Ao liberar as torcidas, prefeitos e governadores devem levar em consideração a variação da curva epidemiológica, a taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde local e regional.
A autorização do estudo foi dada pelo próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por meio de ofício encaminhado ao presidente da CBF, Rogério Caboclo. O aval não altera as regras na prática por enquanto, já que a decisão é restrita aos gestores locais. A CBF, no entanto, defende que a liberação deve ser feita de forma uniforme em todo o Brasil.
"A abertura deverá ocorrer mediante protocolos que devem ser estabelecidos com o objetivo principal de zelar pela saúde física e mental, assim como o bem-estar de todos. As medidas de segurança serão determinadas localmente entre os times de futebol e a administração local, envolvendo os setores de segurança pública, saúde e outros necessários para sua implementação e fiscalização", diz nota do Ministério da Saúde.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o prefeito da capital, Marcelo Crivella, afirmou na semana passada que queria colocar até 20 mil pessoas no Maracanã para a partida entre Flamengo e Athletico-PR, pelo Brasileiro, marcada para 4 de outubro. A intenção, no entanto, foi barrada pelo governo fluminense, que um dia depois, no dia 19, anunciou a prorrogação da proibição de presença de público em eventos esportivos.