O árbitro Anderson Daronco protagonizou uma cena que chamou a atenção durante a 16ª rodada do Brasileirão. No segundo tempo da partida entre Vasco x São Paulo, em São Januário, o gaúcho chamou o técnico Vanderlei Luxemburgo e orientou sobre cantos homofóbicos que a torcida carioca entoava no estádio. Imediatamente, o treinador acenou e pediu para que os torcedores parassem.
Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Daronco explicou o motivo pata ter tomado a atitude. Segundo ele, os árbitros são orientados a tomar medidas para conter ações preconceituosas nos estádios.
— Obviamente não é algo da minha cabeça, temos uma orientação nesse sentido. A própria Fifa vem sancionando seleções e clubes quando ocorrem fatos semelhantes, e a gente não se apega somente a um canto homofóbico, tem toda uma questão envolvendo o racismo, ou fatos que possam incitar a violência, como faixas no campo e cantos xenofóbicos. Tudo nesse sentido a gente tem a orientação de procurar coibir — afirmou Daronco — No primeiro momento que a gente tem a oportunidade e percebe isso, tem de parar e tomar medidas para que isso cesse — acrescentou.
O fato ocorreu aos 19 minutos do segundo tempo, quando o Vasco já ganhava por 1 a 0. Além de Luxemburgo, o jogador Yago Pikachu também fez o pedido à torcida para que os gritos fossem interrompidos.
— Tem que procurar entender o ambiente do estádio, e obviamente ontem (domingo, 25) era algo muito claro e muito forte. Cabia a mim paralisar a partida e fazer esse relato chegar às autoridades competentes — declarou Daronco, que afirmou que a locução do estádio também tomou medidas preventivas em relação aos cânticos.