Não gosto de campeonato de pontos corridos. A história aponta disputas que perdem o interesse quando uma equipe dispara na frente. Pelo menos, em 2018, o Palmeiras demorou mais para confirmar o título. Os defensores da fórmula atual do Brasileirão afirmam que outras copas na temporada já são no formato de mata-mata.
Até vou ajudar quem discorda de mim. Neste ano, a competição teve a maior média de público da história, com pouco mais de 20 mil torcedores. Só que eu gosto de final. Por isso, defendo a manutenção de uma disputa de todos contra todos, ida e volta, e com os campeões de cada turno se enfrentando na decisão, em dois jogos.
Se uma mesma equipe ganhar os dois turnos, fatura a taça. Desde 2003, quando o atual modelo foi adotado, a dupla Gre-Nal sempre bateu na trave. É pouco!
ANO POSITIVO
O Grêmio fechou 2018 com dois títulos. Retomou a hegemonia do Gauchão e ganhou a Recopa. Apostou na Copa do Brasil e Libertadores. Quase chegou às finais. Fica de consolo a vaga no G-4. Já o Inter, fez mais do que se esperava. O processo de reconstrução do clube trouxe um surpreendente terceiro lugar no Campeonato Brasileiro e a vaga direta à Libertadores.
BOLA DE PRATA
A premiação, criada pela Placar e hoje sob tutela da ESPN, teve supremacia do Palmeiras. Justo, já que foi o melhor time de 2018. Mas a dupla Gre-Nal foi muito bem representada. Geromel conseguiu um fato inédito: foi escolhido um dos melhores zagueiros em quatro anos seguidos. Dourado, Cuesta e Everton também foram agraciados. Todos tiveram uma temporada de luxo.