Quem imaginava uma situação diferente de um empate no confronto entre Brasil-Pel e Juventude, na noite desta sexta-feira, no Estádio Bento Freitas, em Pelotas, se frustrou. Os dois representantes gaúchos no Campeonato Brasileiro da Série B mostraram o motivo de estarem brigando na parte de baixo da tabela da competição.
O 1 a 1 no duelo na zona sul do Estado foi o reflexo de dois times desorganizados e que pouco produziram. Nem mesmo as mais de duas semanas sem jogar apresentaram um Juventude diferente. O oitavo empate do Ju na segunda divisão nacional foi desanimador contra um fraco adversário.
Os lances polêmicos da arbitragem amenizam a fraca atuação da equipe de Julinho Camargo em Pelotas. O próximo jogo alviverde será na terça-feira, contra o Sampaio Corrêa, no Maranhão.
A característica bastante conhecida de priorizar o setor defensivo dos dois treinadores foi evidente durante a primeira etapa. Tanto o Juventude de Julinho Camargo, quanto o Brasil-Pel de Gilmar Dal Pozzo, proporcionaram 49 minutos de um futebol pobre e um jogo cansativo.
A chegada logo aos dois minutos por parte dos xavantes, com cruzamento de Sciola que Matheus interveio de soco antes de Luiz Eduardo tocar a bola, poderia iludir para um jogo melhor. Porém, a partir daí, foi quase metade do primeiro tempo sem nenhum dos times levarem perigo ao adversário.
A partida só empolgou a partir dos 27 minutos. E com muita polêmica. Eder Sciola passou como quis por Neuton pelo lado direito de ataque xavante e rolou para trás, onde Valdemir se apresentou. O volante rubro-negro chutou, sem muita força, na direção de Matheus, que viu Luiz Eduardo antecipá-lo, com um leve toque de canela.
A bola morreu no fundo da rede alviverde. O time do Juventude reclamou muito da condição irregular do centroavante do Brasil-Pel. Porém, a auxiliar Neuza Inês Bachi não considerou o toque de Luiz Eduardo e o árbitro Heber Roberto Lopes deu gol para Valdemir.
Aos 33, nova polêmica. Vidal entrou na área e chutou forte em direção do gol. A bola bateu na mão de Sciola, mas o folclórico Heber Roberto nada marcou.
O alívio alviverde só veio aos 37. Primeiro foi a vez de Pará, em cobrança de escanteio fechado, quase marcar. O zagueiro xavante Rafael Dumas salvou em cima da linha após falha de Pitol. Na sobra, a bola chegou até Leandro Lima, que fez novo cruzamento para a área. O lateral-direito Felipe Mattioni subiu alto e desviou de cabeça para o fundo do gol. Empate do Ju ainda na primeira etapa.
Ainda deu tempo de Matheus salvar o segundo do Brasil-Pel, quando Sousa tentou fazer por cobertura, aos 46. Intervalo e muita reclamação alviverde com a arbitragem.
A segunda etapa começou melhor. O Xavante chegou primeiro, com Pereira, aos sete minutos, cobrando falta que Matheus defendeu. O Juventude quase virou, aos 13. Felipe Mattioni fez boa jogada pela direita e tocou para Jair, que chutou rasteiro com força e Pitol mandou para a linha de fundo. A equipe alviverde voltou a arriscar aos 24, quando Leandro Lima chutou de fora da área por cima do gol.
A partir daí, foram duas equipes tentando de alguma maneira chegar ao gol adversário, mas sem sucesso. Empate ruim para os dois times em um jogo fraco tecnicamente.