O Fluminense está mais uma vez em débito com o elenco profissional. Com dificuldades de gerar receitas em 2017, o clube agora deve um mês de direitos de imagem aos jogadores. A incômoda situação - que, no primeiro semestre foi ainda mais grave - não serve de desculpa para os resultados ruins em campo.
Henrique Dourado, um dos líderes do grupo comandado por Abel Braga, garante que os jogadores não levam para o gramado os problemas extra-campo.
— Isso é coisa de quem que quer achar desculpas. O atleta, independentemente de salário em dia, não pode colocar isso em pauta quando entra em campo. O Fluminense tem feito um esforço, nós sabemos disso, e de maneira alguma isso tem interferido na cabeça do atleta — comentou o centroavante.
Os atletas passaram por situação parecida no primeiro semestre, quando o débito chegou a três meses. O clube acertou as contas em agosto, graças à venda de Richarlison ao Watford, da Inglaterra.
Os bastidores nas Laranjeiras não estão agitados apenas pelo atraso nos direitos de imagem do elenco tricolor. No início dessa semana, após um áudio em que comenta a situação financeira do Fluminense ter vazado na internet, Fernando Veiga foi exonerado da vice-presidência de futebol.
Alexandre Torres, gerente de futebol, tentou minimizar, mas disse que a questão política tem repercussão no departamento que ele coordena junto com Marcelo Teixeira, além do comando técnico de Abel Braga.
— Tudo que afeta o clube, claro, chega ao futebol. Temos de buscar o melhor para o nosso desempenho. O problema financeiro não é só do Fluminense, todos os clubes têm. Não é o momento de bater nessa tecla. O momento é de buscar recuperação dentro de campo — afirmou Alexandre Torres.