Um nó tático do técnico Clemer no colega Luiz Carlos Wink teve como consequência uma importante (e inesperada) vitória xavante contra o Criciúma, no Heriberto Hülse, onde muita gente boa deixou e vai deixar pontos.
O Brasil fez um jogo equilibrado. Só correu riscos na base do desespero do adversário. Mas a defesa xavante só não foi perfeita porque o bom zagueiro Teco, num lance de rara infelicidade, deu uma "raquetada" para o gol do Pitol.
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Bastou o Clemer dar uma recheada no meio campo com Leandro Leite, João Afonso e Itaqui, para o Brasil se defender bem em todo o jogo. Futebol é complexo dentro da sua simplicidade.
Vínhamos tendo sérios problemas com a ineficiência do Vagner no meio campo. Exceto em alguns lampejos de bons passes, o meia ex-Caxias não combatia no meio campo. Aí, qualquer time que perde este setor está muito próximo de perder o jogo. Já quando você fortalece o meio campo, aconteceu o que vimos ontem. Uma equipe segura e madura.
E o que entusiasmou ainda mais a massa xavante: um time com toque de bola e que, a partir de agora, precisará ser revisto pelos adversários. Não tem mais balão nem aposta quase ensandecida na bola parada.
O primeiro gol xavante foi do Lincom, aos 29 minutos. O matador passou a bola para Marcinho, que puxou o contra-ataque pela direita e, em vez de rolar para Itaqui que chegava livre, chutou em cima do goleiro. Na sobra, o próprio Lincom, da entrada da área, acertou o ângulo. O adversário teve duas bolas na trave com o perigoso Silvinho na primeira etapa.
Segundo tempo
Na etapa final, o Brasil continuou marcando firme e chegou ao segundo gol aos 9 minutos com Eder Sciola, que nas mãos do Clemer está esmerilhando. Aliás, esse gol foi um exemplo deste novo Brasil.
Após boa troca de passes, Marcinho girou sobre a marcação e serviu Sciola, que apareceu na área e finalizou no canto. O jogo estava controlado, quanto o Tigre ganhou seu gol, numa intervenção infeliz do Teco contra o patrimônio xavante aos 22 minutos. A partir daí, o time da casa veio pra cima, mas em uma pressão mais desesperada do que planejada. O xavante segurou bem a vitória.
O Brasil jogou com Marcelo Pitol; Éder Sciola, Leandro Camilo, Teco e Breno; Leandro Leite, João Afonso (Ednei), Itaqui (Nem), Marcinho e Juninho; Lincom (Misael).
Chegamos aos 24 pontos no encerramento do turno. Se repetirmos a campanha no returno, seriam 48 pontos, mais do que suficiente para permanecermos na Série B. Mas a tendência é que façamos mais do que 48 pontos. Dá para pensar em fechar o campeonato na primeira página, pelo menos.
Com a vitória, pulamos da 16ª para a 13ª posição. Duas equipes nos ameaçam neste sábado: Paysandu, que não pode ganhar em casa do Figueirense, e o Santa Cruz que não pode vencer o Juventude no Jaconi. Agora mais uma semana cheia de trabalho para Clemer. A abertura do returno será na Baixada, na sexta-feira que vem, dia 11, às 19h15min, contra o Guarani de Campinas. Avante!