A pressão sobre o trabalho de Rogério Ceni começa a se acentuar no São Paulo. Ídolo como goleiro, o ex-jogador vive um começo conturbado na carreira de treinador. O empate com o Fluminense nesse domingo deixou o time em 16° lugar no Brasileirão, a uma posição da zona de rebaixamento, com 11 pontos em 10 jogos – apenas três vitórias, dois empates e cinco derrotas.
A isso, somam-se as eliminações nas semifinais do Campeonato Paulista (para o Corinthians), na quarta fase da Copa do Brasil (para o Cruzeiro) e na primeira fase da Copa Sul-Americana (para o modesto Defensa y Justícia). As críticas da torcida começam a ficar mais fortes.
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– Como torcedor, também estou me xingando por dentro, também sinto isso. Mas vou trabalhar todos os dias e não vou me entregar. Futebol é muito impulsivo, imediatista. Saí frustrado do estádio. Talvez amanhã não pense isso. Mas (o torcedor) é o principal patrimônio e temos de trazê-lo para o nosso lado. É natural que saia frustrado, são dois jogos sem vencer aqui – analisou Ceni, depois do empate em casa.
O plano, no entanto, parece estar no começo. Seguro na condição de ídolo, o treinador ganha um prazo extra para implantar a sua filosofia. Como contrato até o fim de 2018, entende que vive um primeiro ano de construção para ter resultados mais expressivos na próxima temporada.
– Em janeiro, me explicaram as dificuldades financeiras. Vem sendo um grande desafio. Vim para fazer um primeiro ano com muita dificuldade, mas para melhorar a condição financeira, promovendo garotos. Tinha como objetivo o título paulista, que não veio, e, nos pontos corridos, esperava posição melhor. Mas tenho ainda muita confiança de que faremos um São Paulo com uma temporada próxima muito melhor. Espero estar aqui no ano que vem. Claro que a decisão não passa por mim, mas acredito muito que faremos um ano de 2018 como programei, sem deixar de lutar agora, porque 2018 depende de 2017 – completou.
Focado apenas no Campeonato Brasileiro, o São Paulo volta a campo no próximo domingo, às 16h, quando visita o Flamengo na Arena do Urubu. O time ainda visitará o Santos antes de voltar a jogar em casa, dia 13 de julho, quando recebe o vice-lanterna Atlético-GO.
