Não deu nem tempo de pegar a primeira latinha na geladeira: o xavante praticamente saiu perdendo por 1 a 0 para o Goiás, no Serra Dourada, na noite de sexta-feira. Em uma cobrança de escanteio, Alex Alves se antecipou, educadamente pediu licença, e cabeceou no contrapé de Eduardo Martini.
E não deu tempo de abrir a latinha. Marlon lançou Elias em profundidade, Marcelo Rangel errou o bote e Elias, da linha de fundo, rolou para Bruno Lopes empatar: 1 a 1. Indício de um jogo eletrizante.
A partir daí, o atacante Leo Gamalho, do Goiás, passou a ser um dos personagens do primeiro tempo. Primeiro, com uma cabeçada que obrigou uma boa defesa de Martini. No rebote, Patrick chutou na zaga, e a bola foi para novo escanteio. Na cobrança, Gamalho cabeceou de novo para defesa de Martini.
Aos 21 minutos, pênalti de Sciola em Léo Gamalho, que havia entrado área a dentro. Na cobrança, Martini brilhou ao melhor estilo do goleiro inglês da Copa de 1970, Gordon Banks, com uma defesa difícil embaixo e no canto, se me permitem o exagero bem-humorado.
No final do primeiro tempo, o lance que poderia mudar a história do jogo. O movediço Carlos Eduardo aproveita um passe errado de Leandro Leite e parte para cima do zagueiro Teco, que deixa a perna e o atacante cai. Falta de cartão amarelo – e já era o segundo. O árbitro Pablo dos Santos Alves, no entanto, marcou apenas falta. Cinco minutos depois, foi ao auxiliar e decidiu aplicar o segundo amarelo e o vermelho para Teco. Expulsão com delay é algo inédito.
Segundo tempo
O Xavante voltou com a zaga recomposta com Evaldo e a saída do atacante Rodrigo Silva. O curioso é que o Goiás com um a mais tinha iniciativa, posse de bola, mas não entrava na área xavante. Mérito para Rogério Zimmerman, que reposicionou bem a equipe.
Aí o que estava pelo menos controlado acabou ficando melhor ainda. Aos 8 minutos, o meia goiano Jean Carlos acabou sendo expulso ao parar um contra-ataque puxado pelo atacante Elias. Jean não gostou da marcação da falta, discutiu com o juíz e tomou o vermelho.
Aos 21 minutos, a chance de ouro para o Xavante matar o jogo. Num contra-ataque, Elias rolou para Bruno Lopes que, sozinho, chutou cruzado e a bola passou perto da trave direita do goleiro. E ficou nisso.
Além de Evaldo, entraram ainda Wagner e Marcinho. Wagner é o único camisa 10 de ofício na Baixada. Um jogador fundamental, mas que ainda está sem ritmo. Portanto, entendo que deva entrar com mais tempo nos jogos para adquirir ritmo o mais rápido possível.
Os laterais xavantes, principalmente Sciola, têm comprometido. O primeiro volante Leandro Leite tem errado passes e chegado atrasado em algumas divididas propiciando faltas para o adversário. É hora de testar Itaqui como segundo volante. Testar Breno e dar um tempo ao grande Marlon. Corrigindo as laterais e o sistema de volantes a zaga ficará mais protegida e consequentemente errará menos.
Agora é Náutico no Bento Freitas na terça-feira (30). Avante!