No dia seguinte à demissão do Fluminense, o técnico Levir Culpi se pronunciou sobre o ocorrido. O técnico divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira agradecendo a oportunidade, mas também fazendo algumas críticas. Segundo o treinador, a equipe carioca "é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota", se tornando difícil para se trabalhar.
No comunicado, Levir diz estar "p... da cara" e que teve mérito em "trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo". O treinador lembrou da conquista da Primeira Liga em um 'ano difícil' para o Flu, já que ficou sem o Maracanã boa parte da temporada e ainda tem eleições agora em novembro, o que deixa o ambiente mais difícil.
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Levir Culpi foi demitido no último domingo, logo depois da derrota por 4 a 2 para o Cruzeiro, no Mineirão. O técnico esteve à frente do Flu em 52 jogos, sendo 22 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. Em seu lugar ficará o auxiliar técnico Marcão, que ficará como interino nas últimas quatro rodadas do Brasileirão.
Confira na íntegra a nota de Levir Culpi:
"Estou “puto da cara”, mas preciso dizer algumas palavras. Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense. Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota.
Conquistamos a Primeira Liga no ano mais difícil da história do Flu. Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que fizemos o primeiro jogo no Maracanã.
Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência?
Depois de tantos meses, ainda não sei o nome de todos os funcionários e companheiros de trabalho, mas agradeço a torcida do Flu e todos àqueles que torceram por nós. Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por influência de outros.
Esses meses entre “céu” e “inferno” estarão inclusos no livro “De volta ao inferno”, quando falarei sobre o retorno ao futebol brasileiro depois de sete anos no Japão, com as passagens pelo Galo mineiro e agora o Flu.
Assim como o livro anterior, “Um burro com sorte”, esse livro terá toda a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam de mim. Valeu!"
* LANCEPRESS