Márcio Bressani lidera a Promotoria do Torcedor, órgão do Ministério Público criado em 2013 e que é exemplo nacional. Ele é um especialista em torcidas organizadas. Os vândalos são sempre perigosos, ainda mais quando um Gre-Nal decisivo se aproxima. Conversei com o Promotor de Justiça Bressani ontem. Leia uma resumo da nossa conversa:
O senhor é contra a presença de torcidas organizadas nos estádios da Capital?Não, não sou contra. Sei que as organizadas têm um papel relevante no espetáculo. Mas entendo que as organizadas não podem comprometer esse espetáculo. Não podem afastar o torcedores dos estádios, os jovens, as famílias, os idosos.
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Qual o tamanho dos grupos organizados?
Não tenho o número exato, mas é possível fazer uma estimativa. Cada time tem cerca de 1,5 mil integrantes em suas organizadas. É uma minoria se comparada com a capacidade da Arena e do Beira-Rio. Não podemos ficar reféns destas minorias todas as semanas, com duas partidas a cada sete dias na Capital. Mas o MP age firme. Punimos individualmente e coletivamente. Promovemos campanhas.
Todas as organizadas estão liberadas para torcer no Gre-Nal 410?
A Geral, do Grêmio, e a Camisa 12, do Inter, estão punidas. Não podem exibir faixas, bandeiras ou outros símbolos. No Beira-Rio, o Grêmio poderá levar uma banda de até 15 integrantes. Mas todos os músicos precisam ser cadastrados. Estão no estádio sob responsabilidade total dos clube.
Como estão os deslocamentos dos torcedores?
Há um claro avanço no processo, os clubes estão mais envolvidos, decidem o local do embarque e o números dos ônibus destinados aos deslocamento, desta vez do Beira-Rio para a Arena. As regras estabelecidas foram definidas de forma consensual em encontros que contaram com a participação de representantes da EPTC, BM, FGF, Grêmio, Inter, Prefeitura e Carris.