Pedir que André Luiz Castro, 42 anos, faça um grande jogo é acreditar em milagre, na sorte e no azar. O goiano nunca frequentou a relação dos melhores árbitros brasileiros. Sempre foi periférico. Não merece posição numa partida da Série A do Brasileirão.
Nem mesmo no seu Estado, Goiás, é número 1. Comporta-se como um polêmico personagem do futebol local. Usa os cartões para mascarar seu discutível preparo técnico. Não é um profissional capaz de apitar um clássico entre Fluminense e Grêmio. Não tem capacidade.
A CBF, porém, acha que ele tem todas as ferramentas. O mantém em atividade em partidas entre os grandes clubes.
Sua atuação em Volta Redonda, no sábado passado, prejudicou o Grêmio. Castro deixou de marcar um pênalti óbvio, toque da zaga, no empate (1 a 1) com o Fluminense. O pior é que ele não seguiu as novas orientações da CBF, sua patroa. Foi seu grande erro.
É difícil julgar a expulsão de Ramiro de longe. O esforçado volante gremista disse palavrões ao arbitro no calor do jogo, conforme a súmula. Prejudicou seu time.
Certos árbitros não ligam para xingamentos no calor dos 90 minutos de uma partida de futebol. Castro não admite ofensas. Atacar o árbitro com palavras é sempre um risco. Uns não ligam. Outros usam o amarelo. Há os que se incomodam mais. Punem pesado. Erguem o vermelho.
Ramiro subestimou Castro. Pagou pelo seu nervosismo.
Por outro lado, historicamente, certos árbitros insistem em proteger os grandes clubes do Rio e de São Paulo. Na parte de cima do Brasileirão, a dupla Gre-Nal sofrerá com as más arbitragens nas próximas rodadas. Nada de novo, tudo igual como sempre foi no futebol brasileiro.