Auxiliar escudo Fifa durante 14 de seus 18 anos de carreira, o potiguar Milton Otaviano dos Santos singra o país como instrutor de árbitros da CBF. Ele tem a missão de elucidar dúvidas sobre as novas regras, que foram alteradas. Milton está em Porto Alegre, em seminário da FGF. Assisti sua palestra de três horas na manhã desta quinta-feira, também aberta aos clubes (antes da parte específica, com árbitros, à tarde). Nenhum representante apareceu. E a choradeira, depois?
Qual o tamanho das alterações?
A International Board definiu este conjunto de emendas às regras como a mais significativa e abrangente em seus 130 anos de existência. Há ajustes e novas orientações, revogando outras, em quase todas as 17 regras. O objetivo é fazer o jogo fluir, coibir a violência e corrigir situações dúbias ou até injustas.
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Por exemplo.
São muitas situações. O goleiro, se comete pênalti em situação clara de gol, mas em lance normal de jogo, não é mais expulso para não ser triplamente sancionado: tiro livre, a expulsão e mais julgamento no tribunal. O rigor contra interferência de agentes externos ficou maior. Se um massagista tira o gol em cima da linha, por exemplo, é pênalti, e não mais bola ao chão. Paradinha e goleiro se adiantando é cartão amarelo.
O senhor dá palestras em clubes também?
Em Goiânia, a serviço da CBF, fui ao Vila Nova, Goiás e Atlético. Aqui, não fui procurado por ninguém.
Quanto tempo para não termos mais confusão com as novas regras?
Não há nada complexo, mas é muito coisa a mesmo tempo para absolver. Só o tempo dirá, à medida que os lances forem acontecendo sob nova determinação.