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Clássico

Na estreia de Luxemburgo, Cruzeiro vira e supera o Atlético-MG no Horto

Em clima de final, Cruzeiro quebra tabu de 11 jogos no Independência

No centésimo jogo do Atlético-MG no Independência pós-reforma, o time alvinegro fez uma final particular contra o rival Cruzeiro. Mas dessa vez o clube alvinegro não conseguiu dar sequência ao tabu de 11 jogos invictos diante do maior rival. À beira do gramado, Vanderlei Luxemburgo cumpriu o que prometeu. No dia anterior, alegou que não era proibido ganhar o clássico. Dentro de campo, provou isso.

Diante do Atlético acomodado e sem vontade, o Cruzeiro virou o jogo e venceu o clássico por 3 a 1 mostrando muita disposição e vontade, ao contrário do rival, que inaugurou o placar, mas se desligou e sofreu o castigo pela falta de inspiração.

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Galo abre o placar e se acomoda

Desacostumado a jogar no Horto, o Cruzeiro começou a partida com a marcação alta, sob pressão, obrigando o rival a girar bastante a bola ou arriscar jogadas de gol. A estratégia sofreu um susto com pouco mais de dez minutos. Em uma sequência de jogadas aéreas, a bola ficou viva na área e Luan soltou o chute no canto direito de Fábio para inaugurar o placar. Mesmo ansioso e com dificuldades no meio-campo, o Cruzeiro ainda respondeu rápido com Alisson, carimbando o travessão de Victor.

À beira do gramado, Luxemburgo orientou a mudança de posição entre Willian e Marquinhos. A troca surtiu efeito e o Cruzeiro ainda voltou a assustar. As principais descidas nasceram do lado esquerdo, com Alisson. De lá, saiu o cruzamento para a cabeçada de Damião, que contou com a falha de Jemerson, mas desperdiçou o lance sozinho dentro da área. A partida seguiu equilibrada, com boas descidas pelos dois lados. Os visitantes, no entanto, alcançaram a igualdade no último lance da etapa inicial. Em uma mistura de sorte com persistência, Willian chutou torto e Jemerson acabou mandando para o próprio gol.

Virada na conta do Luxa

E o dedo do professor Luxa fez mais um efeito antes mesmo do primeiro minuto do segundo tempo. Gabriel Xavier entrou no intervalo e teve pouquíssimos segundos para roubar a bola de Patric e virar o clássico, finalizando rasteiro no canto esquerdo de Victor. Ducha de água fria para o Atlético, que já saiu e voltou do vestiário assustado com o rival.

Com 45 minutos pela frente, o Atlético foi pra cima em busca do ataque, mas continuou esbarrando na boa marcação do Cruzeiro e na falta de inspiração. A equipe de Luxa abdicou de atacar em alguns momentos, mas encaixou um contra golpe com Damião e Marquinhos que resultou em mais um gol celeste. 3 a 1.

Em completa desvantagem, Levir viu suas substituições (Guilherme, Maicosuel e Thiago Ribeiro) não surtirem afeitos em campo. O Atlético seguiu com dificuldades em penetrar a defesa celeste e quando fazia, contava com o paredão Fábio, que ganhou a vitória de presente exatamente no dia em que se tornou o jogador que mais vestiu a camisa do clube.

Fim de jogo no Independência e término do tabu de onze jogos de invencibilidade atleticana. Vitória creditada também na conta de Luxemburgo. Embora ainda não tenha apresentado mudanças significativas na parte técnica, o técnico resgatou o Cruzeiro e fez renascer a determinação do time. Saiu com o nome cantado pelos torcedores celestes, que voltaram a marcar presença no Horto. Mais que merecido. Pelos elogios e pela vitória.

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*LANCEPRESS

Juliana Flister / Cruzeiro FC
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