O principal talento da nova geração da Fórmula 1 sagrou-se tricampeão mundial. Max Verstappen sempre foi veloz. Ao longo dos anos, ele adquiriu maturidade suficiente para ser uma máquina de vitórias da principal categoria do automobilismo mundial, sem dar chance aos seus adversários.
Neste sábado (7), ele se tornou tricampeão mundial da F1, ao terminar a corrida sprint, no Catar, na segunda colocação e conquistar mais sete pontos — precisava apenas de três. Companheiro de equipe e principal concorrente na luta pelo título, Sergio Pérez se acidentou e deixou a prova mais cedo, o que facilitou a vida do holandês. Verstappen entra na lista dos principais campeões da Fórmula 1, estando ao lado de lendas do esporte.
Filho de Jos Verstappen, ex-piloto da F1, e Sophie Verstappen, kartista de sucesso na Europa, o pequeno Max estreou nas pistas com quatro anos de idade. Sempre muito precoce, o holandês — que nasceu em Hasselt, na Bélgica — foi campeão mundial de kart em 2013, um ano antes de começar a correr em monopostos.
O início na Fórmula 1
Com apenas 16 anos, Verstappen chamou atenção da F1 com excelente desempenho na Fórmula 3 Europeia. Em 2015, ele foi chamado pela Toro Rosso (atual AlphaTauri e equipe satélite da Red Bull) para guiar, tornando-se o piloto mais jovem da história a pilotar na categoria.
Um ano depois, o holandês foi promovido para a Red Bull e, logo na primeira corrida pela equipe austríaca, Verstappen venceu o GP da Espanha. A partir desse resultado, as atenções, que eram todas para Lewis Hamilton, começaram a estar no jovem prodígio holandês.
Vitórias, mas falta de consistência
Nos anos seguintes, Verstappen seguiu vencendo algumas corridas, mesmo com o domínio da Mercedes e de Hamilton. No entanto, ele cometia erros — comuns para um piloto tão jovem —, além de se mostrar sem paciência com falhas da equipe.
Mesmo assim, se manteve concentrado no processo e sabia que seu momento chegaria. Ele precisava que a Red Bull fizesse um carro competitivo para poder brigar por vitórias mais frequentes, enquanto ganhava maturidade com as dificuldades apresentadas.
2021: o ano da redenção
No antigo regulamento da F1, a Mercedes havia ganhado sete títulos dos construtores e seus pilotos conquistaram os mundiais sem dificuldades contra os adversários, seis com Hamilton e um com Nico Rosberg.
Em 2021, o último ano do regulamento era esperado mais um domínio da equipe alemã. Entretanto, o que se viu foi equilíbrio até o final do campeonato. Verstappen e Hamilton rivalizaram em todas as etapas, com acidentes, brigas por posição e trocas de farpas entres os pilotos.
Ambos chegaram empatados na última corrida, em Abu Dhabi, e o holandês levou a melhor na última volta, evitando o octacampeonato do inglês e vencendo seu primeiro título mundial. Foi a consagração de um jovem talentoso que evoluiu de forma rápida para conseguir o objetivo máximo de qualquer piloto da F1.
Domínio de Super Max
Após a primeira conquista, Verstappen ou Super Max — como ficou conhecido pelos torcedores holandeses que se fazem presentes em quase todas as etapas — ganhou confiança e um carro ainda melhor. Com isso, ninguém foi capaz de superar o holandês em 2022.
Ele venceu o segundo título com tranquilidade, mesmo com um início de temporada acirrado contra a Ferrari.
Na temporada atual, restando seis corridas para terminar o campeonato, Verstappen conquistou o tri com mais facilidade ainda. O único que ousou desafiar o holandês foi seu companheiro de equipe Sergio Pérez. O mexicano chegou a vencer duas corridas no início do campeonato, mas não manteve o nível e só piorou ao longo da disputa.
Antes do GP do Catar, Super Max havia vencido 13 das 16 provas disputadas e foi fundamental para a conquista do sexto título de construtores da Red Bull.
Os números de Verstappen
Mantendo-se com um carro dominante, Verstappen tem chances de quebrar diversos recordes na carreira. Aos 26 anos, o holandês tem números impressionantes:
- 48 vitórias
- 92 pódios
- 30 poles (contando com a conquistada no Catar)
- 3 títulos