O ex-piloto brasileiro Bird Clemente morreu neste domingo (1), aos 85 anos. Ele é conhecido por ser o primeiro piloto profissional do Brasil e um dos maiores especialistas do circuito de Interlagos, em São Paulo.
A causa da morte foi uma infecção, conforme informou a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Nascido em 23 de dezembro de 1937, recebeu o nome Bird em homenagem ao almirante norte-americano Richard Byrd, pioneiro de explorações polares.
Bird estreou no automobilismo em 1957, aos 21 anos, participando da disputa das 1000 Milhas Brasileiras. Ao longo da carreira, o brasileiro assumiu diversos carros da Vemag e da Simca.
A mudança para a Willys, onde se tornou o primeiro piloto do país a receber salários, veio em 1963 — marcou época com os Willys Interlagos, baseados em compactos europeus. Nos anos 60, Bird foi o “mestre” de três nomes que chegaram à Fórmula 1: José Carlos Pace e os irmãos Emerson Fittipaldi e Wilsinho Fittipaldi.
Ao longo da carreira, ele acumulou vitórias nas 24 Horas de Interlagos, em 1970, e nas 1000 Milhas Brasileiras, no ano seguinte. Em 1964, ele disputou as 500 milhas de Porto Alegre, realizada no circuito Cavalhada — Vila Nova. A prova foi vencida pelos pilotos Wilson Fittipaldi Jr. e Vitório Andreatta, seguidos de perto dos pilotos Bird Clemente e Catarino Andreatta.
Clemente deixa a viúva Maria Luiza e quatro filhos: uma filha do primeiro casamento com Marise e dois filhos e uma filha do segundo casamento.