A história foi feita. Lewis Hamilton completou o GP dos Estados Unidos no segundo lugar, neste domingo (3), em Austin, e foi coroado campeão mundial de F-1 pela sexta vez na carreira, a terceira consecutiva e a quinta nos últimos seis anos. O inglês passa a ocupar o rarefeito patamar de segundo maior vencedor de títulos da categoria, deixando para trás a lenda Juan Manuel Fangio, e agora está atrás apenas das sete taças de Michael Schumacher. Algo que parecia inatingível até anos atrás, mas agora está ao alcance do britânico de Stevenage, que, aos 34 anos, caminha a passos largos para ser o maior nome do automobilismo em todos os tempos.
Hamilton apenas definiu matematicamente ontem uma conquista que, a rigor, estava nas suas mãos desde o início da temporada. A Mercedes venceu as oito primeiras etapas do Mundial — e o dono do carro 44 subiu no lugar mais alto do pódio em seis destes GPs. A ampla vantagem construída na primeira parte do campeonato permitiu a Lewis administrar o restante da temporada com imensa tranquilidade — e ele é tão voraz com folga quanto é quando precisa de resultados. Foram quatro vitórias nas 11 corridas disputadas desde então, enquanto nenhum dos seus rivais passou de dois triunfos. O inglês é uma máquina de moer recordes e adversários.
— É um sentimento incrível. Foi uma corrida muito dura, Valtteri (Bottas, vencedor do GP) fez um trabalho fabuloso. Meu pai sempre dizia, quando eu tinha seis ou sete anos, que nunca podemos desistir. Esse é o lema da nossa família. Não sei a respeito de campeonatos, mas como atleta me sinto na melhor forma. Estou pronto para a próxima corrida, vamos seguir em cima — comemorou Hamilton.
A conquista de Lewis foi reconhecida pelo grid da F-1 assim que ele voltou aos boxes, após comemorar com diversos zerinhos em frente à torcida americana — que teve o privilégio de o ver campeão pela segunda vez, após ter garantido a taça em Austin também em 2015. Sebastian Vettel, com quem brigou pela taça no ano passado, foi um dos primeiros a cumprimentá-lo, assim como Daniel Ricciardo. No pódio, Bottas e Max Verstappen — o principal nome da nova geração da F-1 — também prestaram suas homenagens ao campeão.
— Parabéns ao Lewis, mas, pessoalmente, falhei no meu objetivo. Ele mereceu, teve uma temporada muito forte. Sempre tem o ano que vem — disse Bottas, vice-campeão.
— Lewis é impressionante, o que mais pode ser dito? Ele segue fenomenal, conta com uma grande equipe por trás. Espero que a gente consiga lutar com eles no ano que vem — completou Verstappen.
A corrida em Austin foi protocolar. Pole, Bottas manteve a liderança, enquanto Hamilton e Verstappen deixaram as Ferrari para trás. Vettel sofreu com a quebra da suspensão na oitava volta e abandonou. Ao contrário dos rivais, Lewis fez apenas uma parada nos boxes, o que permitiu a ultrapassagem de Valtteri para conseguir a liderança. Mas não era preciso vencer. A festa — e a história — já estava feita para Lewis Hamilton, agora hexacampeão mundial de F-1.
GP dos EUA
1º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) — 1h33min55s653
2º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) — +4s148
3º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) — +5s002
4º) Charles Leclerc (MON/Ferrari) — +52s239
5º) Alexander Albon (TAI/Red Bull) — +1min18s038