A Pirelli está desenvolvendo um novo pneu de chuva para a Fórmula-1 que precisará do aval da FIA para ser usado na próxima temporada, pois não será homologado no tempo necessário para o Grande Prêmio que abre a temporada 2018.
A fornecedora de pneus da F-1 realizou dois testes no molhado para obtenção de dados em 2017, com Red Bull correndo em Paul Ricardo, em junho, e a McLaren em Magny-Cours, em julho.
Atualmente, as regras impedem que a fornecedora oficial de pneus modifiquem seus produtos após o início da temporada, mas a Pirelli espera que a FIA conceda permissão especial para que o novo composto seja introduzido no próximo ano.
O chefe da Pirelli na Fórmula-1, Mario Isola, confirmou que qualquer pneu de 2018 precisará ser homologado até 1° de dezembro, mas espera que a FIA conceda um tempo extra para a introdução nos novos pneus.
— Estamos desenvolvendo um novo pneu para o molhado. Nós fizemos alguns teste este ano, mas precisamos fazer algum desenvolvimento antes de mudar o atual. Então, temos algumas ideias que estamos testando. Mais do que testes, estamos fazendo algumas simulações — disse ele.
— Se encontrarmos um pneu de clima úmido que seja uma grande melhoria em relação ao atual, eu pedirei para Charlie (Whiting, diretor da Fórmula-1) considerar a introdução de um novo pneus para o molhado durante a temporada — acrescentou.
Na avaliação de Isola, os novos pneus não geram benefícios extras para nenhuma equipe específica.
— Para mim, é uma tolice que, se você tiver um produto melhor disponível para o molhado, onde é uma questão de segurança e assim por diante, porque não devemos apresentá-lo, considerando que, no final do dia, todas as equipes terão o mesmo problema. Nós não estamos fazendo na especial para ninguém. Eu posso entender a regra para o pneu seco, porque você alterar o equilíbrio dentro do campeonato, você pode dar uma vantagem para uma ou outra equipe. Mas estamos falando de pneus úmidos ou intermediários, o que não usamos muitas vezes durante a temporada. Se tivermos uma melhoria real, devemos nos perguntar, pelo menos, e depois veremos o que acontece — completou.