Um dos destaques da Goiânia 500, a penúltima etapa da temporada 2017 da Stock Car, o português Antônio Felix da Costa está de volta à categoria para participar da prova deste domingo (19) no Autódromo Ayrton Senna. Experiente, com presença na Fórmula-1 como piloto de testes de Force India e Red Bull, o luso vai defender a equipe Hero Motorsport com o carro 444, na vaga que pertencia a Betinho Valerio até a corrida de Tarumã. E ele não esconde a motivação com a chance de participar da corrida.
– Recebi o convite para fazer esta etapa. E sou piloto de corrida: quando tem um carro pronto para correr, aceito sempre. Já tinha tido uma experiência com a Stock Car e adorei. Corri duas vezes na corrida de duplas e gostei muito, fui para o pódio em ambas. Gosto muito deste ambiente, é muito caseiro. É um campeonato nacional, mas muito grande, com muitos pilotos bons, equipes boas, circuitos muito bons. Não tinha como rejeitar, e aqui estamos nós – explicou Felix da Costa.
O português, que compete pela Andretti na Fórmula-E – a categoria de carros elétricos chancelada pela FIA –, recebeu convites para disputar a próxima temporada completa da Stock Car. O problema é o calendário, porque, se depender de Antônio, ele aceita a chance.
– Já recebi algumas propostas, da Hero e de outras equipes. Se der para encaixar, eu faria, gosto muito mesmo daqui. Mas tenho que ver, tenho contrato com outras categorias, e precisamos ver o que dá para fazer.
Versátil, com experiência em monopostos e carros de turismo, Felix da Costa não parece sentir a diferença entre os modelos que pilota. Fruto dos anos em que passou também no DTM, o campeonato de turismo alemão. Por isso mesmo, o português acredita que pode se beneficiar disso.
– Tenho essa vantagem: guio carros diferentes durante o ano, do F-E para o DTM para um BMW M6. Facilita, pois sempre que entro em um carro novo tenho a mente aberta para ver o que o carro precisa.
O português também destacou a diferença entre correr com os carros elétricos da Fórmula-E, categoria que busca ditar os rumos para o futuro do mercado automobilístico, e com a Stock Car e seus potentes V8, movidos a combustível.
– Está havendo essa transição para carros elétricos, não só na F-E mas de forma geral. E é certo: daqui a 10 anos, 70% dos carros devem ser elétrico. Temos de ajudar o nosso mundo. Mas eu próprio estou nessa transição: adoro motores grandes, e não conseguiria correr só com carros elétricos (risos). Sou honesto. Mas adoro a F-E, e combinar tudo isso é a melhor forma possível – completou o luso.