Em reunião virtual realizada nesta quinta-feira (12), a Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Andes) decidiu aderir à greve da próxima quarta-feira (18), uma mobilização nacional dos servidores públicos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa.
A categoria se une à Assufrgs, associação que representa servidores técnico-administrativos da UFRGS, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), que na terça (10) havia decidido paralisar.
Segundo a presidente da Andes/UFRGS, Rúbia Voigt, professora do Colégio de Aplicação, a greve dos docentes tem dois objetivos: protestar contra as políticas do governo federal de enfrentamento à pandemia do coronavírus e contra a PEC 32.
— Em defesa da vida, diante da situação de pandemia, e também contra a PEC 32, conhecida como reforma administrativa. No nosso entendimento, ela representa o fim dos serviços públicos — diz a servidora.
As principais mudanças da PEC envolvem contratação, remuneração e desligamento de servidores. Entre os efeitos, propõe acabar com a estabilidade do cargo para parte dos servidores, limitar remunerações e tornar mais difícil o ingresso (seriam dois anos de contrato de experiência, mais um ano de estágio probatório, para depois seleção conforme disponibilidade de vagas).
Professores da graduação, da pós-graduação e do Colégio de Aplicação da UFRGS irão aderir à greve, que deve durar apenas 24 horas. Também se unirão a atos organizados pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul.
Às 11h da quarta-feira, haverá uma manifestação em frente ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Depois, por volta das 18h, o ato vai para a Esquina Democrática, no Centro Histórico.