Em meio ao anúncio de bloqueio de verbas na educação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6) que pretende construir um colégio militar em cada capital do país. O país tem 13 colégio militares, sendo 11 em capitais, entre elas Porto Alegre. A intenção exigiria a construção de 16 novas unidades.
— Defendemos, junto ao Ministério da Defesa e da Educação, um colégio militar em todas as capitais do Brasil. Já estamos concretizando a construção daquele que seria, pela área disponível, o maior colégio militar do país na área do Campo de Marte, em São Paulo — afirmou o presidente na cerimônia de lançamento de selo e medalha em comemoração aos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro.
O presidente chegou ao colégio às 8h12 e foi aplaudido por alunos e fãs que estavam em vários espaços da instituição. Com ele, estavam o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o governador Wilson Witzel. Os gritos de “vem pra rua”, do protesto realizado na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, podiam ser ouvidos de dentro da escola.
Corte não afetou rede básica federal
— Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Respeito, disciplina e amor à pátria são fundamentos importantes desses colégios. As escolas militares honram todos os brasileiros, destacando-se nas avaliações da educação básica, algumas liderando o ranking dos estados — declarou ele.
Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou um corte de 30% nos repasses de verbas a universidades federais, em razão de um contingenciamento de R$ 5,8 bilhões no orçamento da pasta.
O corte, contudo, atingiu também escolas de ensino básico da rede federal, como o Colégio Pedro 2°, do Rio de Janeiro. Vizinhos ao Colégio Militar, na Tijuca (zona norte), estudantes do Pedro 2° fizeram uma manifestação em frente à unidade contra os cortes anunciados pelo MEC.