O primeiro dia da greve dos professores estaduais registrou baixa adesão nas instituições de ensino de Porto Alegre. Na manhã desta terça-feira, em levantamento realizado pela Rádio Gaúcha, a reportagem verificou que das 11 escolas visitadas, apenas uma estava fechada em função da greve: o Colégio Protásio Alves, localizado na Avenida Ipiranga. À tarde, todas as 27 instituições de ensino consultadas em diversas regiões da Capital informaram aulas normais.
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Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc) afirmou que tem como política não divulgar balanços sobre adesão em greves, mas que, em um primeiro momento, com base no acompanhamento da secretaria junto ao movimento neste primeiro dia, a paralisação iniciada nesta terça não irá acarretar nova alteração no calendário escolar deste ano – em algumas escolas, o ano letivo vai até janeiro 2017 em razão da greve de 54 dias ocorrida entre maio e julho deste ano.
O Cpers informou que não foi possível realizar um levantamento sobre o número de profissionais que aderiram ao ato, porque a maioria dos integrantes do sindicato estavam envolvidos nas mobilizações realizadas durante o dia. Durante a tarde desta terça, servidores estaduais se reuniram na Praça da Matriz, em frente à sede do governo estadual, no centro de Porto Alegre, para protestar contra o pacote de medidas do governador José Ivo Sartori. Por volta das 16h, um princípio de tumulto foi registrado no local. Barreiras instaladas na Rua Duque de Caxias foram derrubadas e um boneco de Sartori foi queimado pelos manifestantes. O Batalhão de Choque da Brigada Militar (BM) foi acionado para conter os manifestantes.
Em meio à manifestação, na Assembleia Legislativa, os deputados gaúchos decidiram adiar a votação do pacote de medidas propostas pelo Executivo. Prevista inicialmente para esta quinta-feira, a sessão deverá ocorrer apenas na semana que vem.
A paralisação dos professores foi decidida por maioria em uma assembleia realizada pelo Cpers na última quinta-feira. Segundo o sindicato, a greve deve continuar até a votação, na Assembleia Legislativa, do pacote encaminhado pelo governador José Ivo Sartori. A orientação do sindicato é para que todos os professores da rede estadual de ensino paralisem suas atividades até a data. A entidade também pede a garantia do pagamento em dia do 13º salário e o fim do parcelamento dos salários mensais.
Confira o levantamento feito pela Rádio Gaúcha:
Aulas normais
Escola Mané Garrincha - Menino Deus
Escola Visconde do Rio Grande - Cavalhada
Escola Santos Dumont - Vila Assunção
Escola Presidente Costa e Silva - Medianeira
Colégio Ruben Berta - Vila Jardim
Escola Marechal Mallet - Vila Jardim
Colégio Professor Otávio de Souza - Jardim Botânico
Escola Rafaela Remião - Lomba do Pinheiro
Colégio Padre Rambo - Partenon
Colégio Piratini - Auxiliadora
Instituto Estadual General Flores da Cunha - Rio Branco
Colégio Raul Pilla - Restinga
Escola Senador Pasqualini - Praia de Belas
Colégio Marechal Floriano Peixoto - Floresta
Escola Aurélio Reis - Jardim Floresta
Escola Professor Sarmento Leite - Cristo Redentor
Escola Professor Alcides Cunha - Morro Santana
Escola Mariz e Barros - Mario Quintana
Colégio Professor Elmano Lauffer Leal - Jardim Planalto
Escola Itália - Jardim Itu Sabará
Escola Imperatriz Leopoldina - Petrópolis
Escola Santa Rosa - Rubem Berta
Escola Cristóvão Colombo - Sarandi
Escola Gonçalves Dias - Passo D'Areia
Escola Professor Julio Grau - Passo D'Areia
Colégio Carlos Fagundes de Mello - Farrapos
Escola Humaitá - Vila São Borja
Escola Técnica Estadual Parobé - Centro
Escola Rio Grande do Sul - Centro
Escola Duque de Caxias - Azenha
Colégio Rio Branco - Rio Branco
Colégio Emílio Massot - Azenha
Escola Infante Dom Henrique - Menino Deus
Leopoldo Tietboh - bairro Petrópolis
Colégio Paula Soares - Centro
Escola Presidente Roosevelt - Menino Deus
Colégio Ernesto Dornelles - Centro
Paralisação total
Colégio Protásio Alves
Paralisação parcial
Colégio Estadual Inácio Montanha, bairro Santana
*Zero Hora com informações da Rádio Gaúcha