Uma nova lista divulgada na manhã deste sábado pelo Inep mostra que aumentou o número de locais ocupados por estudantes que não terão condições de receber as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana. São pelo menos 40 novos endereços e mais 31,9 mil alunos terão o exame adiado. No total, são 404 lugares inaptos e cerca de 272 mil candidatos afetados.
Os novos endereços ficam em Santarém (PA), dois em Florianópolis (na UFSC), um em Fortaleza (CE) e três em Brasília (DF). Faça o download da lista aqui e confira todos os locais atualizados pelo Inep.
Esses estudantes farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro e serão informados do adiamento por SMS. o Rio Grande do Sul, são quatro escolas em quatro municípios, o que afeta 1,9 mil alunos. Os candidatos que não tiveram o Enem adiado farão o exame neste fim de semana, dias 5 e 6 de novembro.
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O MEC estabeleceu o prazo para a desocupação até as 23h59min dessa segunda-feira. Mesmo que os locais tenham sido desocupados depois desse prazo, o Enem será remarcado. Segundo o Inep, para a nova data, serão definidos novos locais de prova. A prova aplicada em dezembro, de acordo com o Inep, terá o mesmo modelo e nível de dificuldade do Enem deste fim de semana, mas com questões diferentes.
Ocupações são contra PEC que limita gastos para educação
As ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio de ocupações de escolas, universidades, institutos federais e outros locais. Não há um balanço nacional oficial. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), até ontem, 134 campi universitários e mais de 1 mil escolas e institutos federais estavam ocupados.
Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino.
O governo defende a medida como um ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação e saúde não serão prejudicadas. Os estudantes também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. Para o governo, a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente antes de ser implantada por MP.