Foi neste final de semana, 10 anos depois de prestar meu primeiro vestibular na UFSM e na Unifra, de Santa Maria, que fiz uma prova do Enem pela primeira vez. Depois de ser aprovada na universidade, fiquei afastada de disciplinas como física, química e matemática, ou seja, penei para respondê-las já que não lembrava das fórmulas e funções específicas que exigiam. Como jornalista, consequentemente, mergulhei nas ciências humanas e tive mais tranquilidade com história, português e literatura.
Logo que fiz a inscrição, comecei a revisar o conteúdo esporadicamente, completando questões dos anos anteriores. No primeiro dia, resolvendo a prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, minha impressão se confirmou: é bem possível completá-la sem lembrar da decoreba. A jogada era sempre buscar pistas nos próprios enunciados das perguntas para resolvê-las. Os textos, na maior parte, não eram muito longos, mas vi que era necessário ler e reler cada questão, sempre considerando o autor e o ano da obra para chegar na resposta certa. Durante o vestibular, lembro que eram cobrados conhecimentos específicos sobre cada disciplina. No Enem, a maturidade dos 20 e tantos anos ajudou. E acredito que essa seja a grande marca das provas, que cobram um conhecimento mais contextualizado sobre o mundo, um aluno mais maduro, e não necessariamente o que decorou ou estudou mais.
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Levei vantagem por estar sempre conectada no que acontece no mundo, como as ações extremistas do Estado Islâmico e os movimentos sociais no Brasil. Aliás, me surpreendi com a abordagem de temas tão relevantes como o meio ambiente e o feminismo. No primeiro dia, a prova de Ciências Humanas trouxe um trecho de texto da escritora Simone de Beauvoir e exigia conhecimento sobre os protesto das lutas pela igualdade de gênero na década de 60.
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Paula Minozzo
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