Primeiro, tente lembrar de algo marcante vivenciado recentemente - quem sabe uma briga em uma festa. Depois, imagine como estarão essas recordações após meses ou anos. Sobrariam poucos detalhes daqueles estranhos, certo? Você se arriscaria a decidir o futuro da vida de alguém com base apenas nisso?
É o que pode estar acontecendo bem perto, nas delegacias e nos tribunais, onde a memória ainda é uma das principais ferramentas usadas para colocar (ou não) pessoas na cadeia. A ciência garante: não adianta insistir, nosso cérebro não é uma máquina fotográfica, que grava recordações capazes de serem reproduzidas eternamente.
Inspirado por um diagnóstico de como são feitos os testemunhos e reconhecimentos no Brasil, produzido para o Ministério da Justiça e coordenado pela psicóloga da PUCRS Lilian Stein, o Planeta Ciência coloca a memória em xeque em uma história em quadrinhos.
Nessa reportagem especial, descubra como o arcaico modelo de coleta de evidências adotado no país abre brechas para injustiças:
Memórias Injustas
HQ mostra como modelo brasileiro de coleta de evidências abre brechas para injustiças
Inspirada em relatório produzido para o Ministério da Justiça, reportagem evidencia como a memória - embora uma prova frágil - ainda é uma das principais ferramentas usadas para colocar (ou não) pessoas na cadeia
Bruno Felin
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