Com o desemprego batendo quase em 9% no país, muita gente começa a espiar as possibilidades de uma atividade mais segura, e os concursos públicos entram na lista de aspirações. Mas se aventurar nesta vida de provas exige organização e, principalmente, consciência de que não se trata de um projeto a curto prazo, ao menos para a maioria das pessoas.
Confira dicas para fazer uma leitura eficiente dos editais
Quanto custa a preparação para concursos
- Concurso é acúmulo de conhecimento. Às vezes, a aprovação pode levar anos. Não se estuda para passar, mas até passar - diz o professor Pólux Martins, coordenador do CPC Concursos, de Porto Alegre.
Entre as primeiras providências a serem tomadas está definir a área de atuação. Assim, otimizam-se os estudos e define-se um foco de trabalho.
- Muita gente faz qualquer concurso que esteja com edital aberto. O correto é fazer as seleções para órgãos semelhantes, da mesma área - avalia o professor Edgar Abreu, da Casa do Concurseiro de Porto Alegre.
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Com um objetivo mais claro, o próximo passo é organizar a rotina de estudos. Para os iniciantes, procurar um cursinho preparatório ajuda a definir prioridades e evita que o candidato se dedique a conteúdos que dificilmente aparecem nas provas.
- O professor ajuda a direcionar o estudo. Quem já tem mais experiência em concursos sabe mais ou menos o que estudar, mas os que estão começando precisam dessa orientação - indica Pólux.
Uma das dificuldades - e essa não envolve somente os novatos na luta por um lugar nos serviços públicos - é definir horários de estudo. O coordenador do CPC Concursos aposta em ao menos três horas de dedicação por dia para que se tenha mais chances de aprovação. É importante, segundo ele, criar um cronograma que contemple todas as disciplinas. Outro ponto que o professor destaca é garantir alguma experiência em provas antes de encarar o concurso que se almeja. Participar de outra seleção, como forma de teste, pode evitar equívocos fatais.
- Acho importante a pessoa ter alguma experiência prévia para entender o processo- sugere Pólux.
Os principais erros (ou ilusões) do concurseiro iniciante
- Achar que a aprovação depende de sorte, sendo que na verdade é resultado de muita dedicação e estudo.
- Falta de foco. O correto é fazer provas para órgãos semelhantes.
- Esperar sucesso com pouco tempo de estudo. Muitos conseguem ser aprovados e nomeados com pouco tempo de estudo, mas esses são as exceções. A regra é que a maioria precisa de um bom tempo de dedicação.
- Achar que consegue conciliar estudo com trabalho e vida social. Para a maioria dos concurso, é difícil conciliar tudo isso, Normalmente, deve-se abrir mão da vida social ou de um trabalho por um pequeno período, principalmente, próximo à prova.
- Não saber escolher material apoio. Hoje, a indústria de preparatórios para concurso tem de tudo, péssimos professores e excelentes, apostilas erradas e defasadas e completas. O concurseiro deve saber escolher bem o material que irá lhe acompanhar ao longo dos estudos.
Fonte: Professor Edgar Abreu
O que considerar antes de escolher um concurso
- Confira as disciplinas que serão cobradas na prova. O ideal é que o concurseiro se familiarize com todas elas ou ao menos com a maioria.
- Avalie se o tempo entre a data de publicação do edital e o dia da prova será suficiente para estudar as disciplinas que não sabe e revisar as que já aprendeu.
- Avalie as cidades e regiões de possíveis lotações do cargo. A nomeação pode envolver mudança de endereço, então, é preciso se perguntar se há disposição para mudar.