A perícia feita, na tarde deste sábado (26), ainda não pode dar as respostas esperadas pela direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Onofre Pires, na zona leste de Porto Alegre. Apesar de desconfiar que o incêndio na biblioteca tenha começado em uma tentativa de arrombamento, a diretora da instituição, Lucy Picolotto de Carli, não pode ter a confirmação. As causas do incêndio, que destruíram a sala na madrugada deste sábado, só serão conhecidas depois do laudo da perícia.
Enquanto isso não acontece, a preocupação da direção é com o conserto do estrago. Além dos danos estruturais, os livros biblioteca foram totalmente queimados. É desse material que dependem os 480 alunos de 1ª a 8ª série. Por esse motivo, a escola está aceitando doações de livros didáticos e de literatura nacional.
“Nossa biblioteca era bem estruturada e tinha diversos títulos. Espero que consigamos recuperar alguns”, lamenta a diretora Lucy de Carli.
Os trabalhos de limpeza da biblioteca só vão começar na semana que vem, já que o prédio está sem luz, sem internet e sem telefone. O fogo atingiu a fiação e por esse motivo a energia precisou ser desligada temporariamente.
“Como as aulas começam só no dia 4, temos um certo tempo para fazer isso”, diz Lucy.
Até a semana que vem a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) irá avaliar o remanejamento dos alunos, já que três salas de aula estão localizadas em cima da área que pegou fogo. A Seduc espera por laudos periciais e de engenharia para definir as medidas que serão adotadas tanto para reforma como transferências.
A autoria do incêndio ainda é desconhecida e o caso será investigado pela 21ª Delegacia de Polícia a partir da próxima segunda-feira (28). Embora conte com sistema de vigilância por câmeras de monitoramento, a direção da escola informou que o sistema não grava as imagens.