O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, alertou nesta segunda-feira que, se não houver uma ação imediata diante das alterações climáticas, o mundo vai enfrentar consequências "catastróficas" .
O chefe da diplomacia norte-americana reagiu ao relatório de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), que indica que as crescentes emissões de carbono na atmosfera terão implicações na vida da população mundial, como maior risco de conflitos, fome, inundações e migrações ao longo de todo o século.
- Se não agirmos de forma dramática e rápida, a ciência diz que o nosso clima e o nosso modo de vida estão literalmente em perigo - disse Kerry, em comunicado divulgado em Paris, onde se deslocou para conversações com a Rússia sobre a crise ucraniana.
O secretário de Estado norte-americano destacou que "negar a ciência é negligência", advertindo que "os custos da inércia são catastróficos".
Os Estados Unidos e a China encontram-se no grupo dos principais poluidores do mundo, mas John Kerry lembra que não é apenas um país que provoca alterações climáticas, da mesma forma que não é apenas uma nação que as pode travar.
O secretário alertou para o fato de a escassez de água e as inundações figurarem como dois riscos, acrescentando que o "relógio continua a contar" e que "quanto mais tempo for adiada a resposta, maior será a ameaça".
O Painel Intergovernamental da ONU sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou hoje que crescentes emissões de carbono vão ampliar o risco de conflitos, fome, cheias e migrações durante este século e advertiu que, se nada for feito, as emissões de gases de efeito estufa poderão custar biliões de dólares, principalmente em danos em propriedades e ecossistemas.
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