A transição para o segundo semestre escolar pode ser um momento de readaptação marcante na vida das crianças e dos pais. A experiência costuma ser cercada de expectativas, com a chegada de novos professores, uma nova escola e novos amigos.
As crianças, nesse sentido, geralmente se questionam se vão gostar, se vão se adaptar facilmente ou se encontrarão desafios. Por isso, é essencial oferecer acolhimento e estar disponível para escutar e validar os seus sentimentos.
Pensando nisso, a educadora parental Priscilla Montes fornece algumas dicas para ajudar os pais a prepararem seus filhos para este novo momento.
1. Seja honesto com a criança
Para tornar esse processo mais tranquilo, Priscilla Montes ressalta a importância da honestidade dos pais e da orientação clara à criança para que ela possa enfrentar essa nova experiência de forma serena.
— É necessário explicar tudo o que vai acontecer. Aonde ela vai, que horas, com quem ela vai ficar, conhecer os nomes dos novos amiguinhos e destacar as coisas boas que essa nova escola oferecerá, como novas oportunidades de aprendizado e novas brincadeiras. Quando o adulto é honesto, a criança se sente emocionalmente segura.
2. Conheça a escola do seu filho
Sempre que possível, especialmente nos primeiros meses, procure estar próximo da coordenação pedagógica da escola. Isso é crucial para conhecer bem o ambiente escolar onde a criança retomará e desenvolverá suas habilidades.
— É fundamental conversar com a diretora, coordenadora e psicólogos do colégio, perguntar como está sendo o dia a dia dentro e fora da sala de aula, se a criança está conseguindo socializar, como está lidando com os novos amigos e qual a abordagem que está sendo adotada. Neste momento, a saúde emocional é mais importante do que a parte pedagógica — enfatiza Priscilla.
3. Reflita sobre essa experiência
A especialista destaca que os pais também precisam refletir sobre essas mudanças e o crescimento natural dos filhos.
— É necessário entender que a criança precisa, aos poucos, começar a explorar o mundo sem a nossa total ingerência, que ela fará novos vínculos, vivenciará suas próprias alegrias e desafios de socialização, e que isso faz parte do seu desenvolvimento. Cabe a nós estarmos sempre atentos e emocionalmente disponíveis para eles — conclui.