A pandemia trouxe desafios para o ambiente de aprendizagem e, em especial, para instituições de educação básica, que tiveram que se reinventar para se adaptar a uma nova forma de educar sem deixar de ser atrativa para crianças e adolescentes. Na Rede de Escolas da Ulbra, esta movimentação se deu de maneira orgânica, seguindo princípios que já eram estimulados em sala de aula e que serão aplicados em tempos pós-pandemia.
As escolas Ulbra estão presentes nas cidades gaúchas de Cachoeira do Sul, Canoas, Guaíba, Porto Alegre e em Sapucaia do Sul e em mais quatro estados brasileiros, e todas as instituições fizeram uso do ambiente virtual de aprendizagem chamado Aula - uma plataforma própria utilizada pela Rede Ulbra no ensino superior, e que foi totalmente estendida para o uso das unidades de educação básica, o que possibilitou, com agilidade, que as atividades do ano letivo escolar não fossem interrompidas durante o distanciamento social.
Os professores, capacitados para utilizar as ferramentas integradas ao Google for Education, descobriram novos talentos e habilidades resultantes da experiência. Já os alunos deram um salto na aprendizagem tecnológica, com o uso das ferramentas já utilizadas em diversos países que têm, inclusive, o ensino remoto como regular.
A professora e diretora do Colégio Ulbra Cristo Redentor, Rosmari Carvalho, relata a experiência do uso da plataforma na escola localizada em Canoas.
— As ferramentas tecnológicas utilizadas contribuíram para aproximar os alunos e tornar o ensino remoto significativo e eficaz, pois a plataforma Aula proporciona o desenvolvimento de habilidades e competências que são necessárias para cada nível de ensino. No contexto em que estamos vivendo, traçamos planejamentos e criamos estratégias para que os resultados na qualidade do ensino e o resultado da aprendizagem para nossos alunos fossem obtidos de forma satisfatória — detalha.
Entre os destaques da grade escolar lecionada, estiveram projetos estabelecidos na proposta pedagógica de forma presencial, e que também puderam ser desenvolvidos de maneira remota com suas devidas adaptações. Entre eles estão o de desenvolvimento da inteligência socioemocional e da cultura maker, lecionados para estimular um ambiente de aprendizagem transformadora e criativa para os “nativos digitais”.
— Tanto as crianças como as famílias e os nossos professores se reinventaram. Estamos vivenciando, de fato, uma revolução na educação. Não há mais como retornar ao que estávamos acostumados até aqui, expandimos espaços e possibilidades — aponta a gerente de políticas pedagógicas da educação básica da Aelbra, mantenedora da Rede Ulbra, Núrfis dos Santos Vargas.
Experiência na nova plataforma
Os contatos com o Aula trouxeram avaliações positivas dos docentes. "Percebo que ela se configura em um Ambiente Virtual de Aprendizagem completo e muito claro, possibilitando um acesso tranquilo aos alunos e professores, além de favorecer e propiciar uma interação mais efetiva através dos fóruns", observou a professora Elisangela da Silva Pereira, que dá aulas para o 1º ano do Ensino Fundamental no Colégio Ulbra São João.
Antes mesmo de começar a contar com a novidade do ensino remoto, os professores das escolas da Ulbra já encontravam soluções criativas para manter o interesse dos alunos nas aulas e também dar praticidade às suas atividades. "Como sou professora dos anos iniciais, e sabendo da importância do lúdico nessa faixa etária, busquei tornar minhas aulas mais dinâmicas e alegres, evidenciando esse aspecto da ludicidade", contou Elisangela, que já realizava encontros online com a sua turma e enviava vídeos com orientações. Ela também criou uma personagem que auxilia e incentiva os alunos a manterem a alegria pela vida e o prazer em aprender e criar. Ela se chama Palhacinha Flor.
Alfabetização bilíngue é outra novidade
Além do uso da tecnologia no ensino, a Ulbra está seguindo outra tendência que é a de enfatizar o aprendizado de uma língua adicional. Em 2021, três escolas da instituição terão foco no processo de alfabetização bilíngue.
O aluno vai aprender a se comunicar em português e inglês desde o 1º ano do ensino fundamental, o que será refletido na leitura, escrita e compreensão. A implantação do turno integral com alfabetização bilíngue iniciará no Colégio Ulbra Cristo Redentor, em Canoas, Colégio Ulbra São Pedro, em Cachoeira do Sul, e no Colégio Ulbra Palmas, em Palmas, no Tocantins.
Para esse novo modelo, será reservado um turno de aulas em língua de todas as áreas do conhecimento (incluindo cinco períodos semanais da disciplina de língua inglesa), com o acréscimo de outro turno com conteúdo das diversas áreas do conhecimento ministrado em língua inglesa, totalizando 20 períodos semanais.
Em 2022, enquanto essas escolas ampliam o turno integrado em língua inglesa para o 2º ano do ensino fundamental, as demais unidades da rede Ulbra irão implantar a alfabetização bilíngue no 1º ano.
Rosmari Carvalho ressalta que a proposta é a de que os alunos tenham a experimentação da língua inglesa de forma imersiva, o que os levará a ler, escrever, compreender e expressar seus pensamentos usando essa língua adicional.
— O professor da disciplina ministrada em língua inglesa irá trabalhar conteúdos abordados na disciplina ministrada em língua portuguesa. Haverá acompanhamento permanente do desenvolvimento dos alunos nas suas habilidades, na comunicação entre os colegas e na linguagem, simultaneamente à análise da eficiência da metodologia dos professores — detalha a diretora do Colégio Ulbra Cristo Redentor.
Para saber mais informações sobre as escolas de educação básica da Rede Ulbra, acesse o site www.ulbra.br/escolas.