O governador Eduardo Leite anunciou nesta quarta-feira (12) medidas para reforçar a segurança pública no entorno das escolas estaduais, municipais e particulares. Entre elas, está o reforço no efetivo durante o período de aulas, autorização de horas extras para a Brigada Militar, e a compra de um software para monitorar as redes sociais.
Segundo o governo do Estado, o patrulhamento durante o período de jornada escolar terá um adicional de mais de 1,7 mil policiais. Segundo o governador, o reforço policial será mantido durante todo o tempo em que for considerado necessário para tranquilizar a população quanto à segurança de alunos, professores e demais profissionais da educação.
— Há um grupo mapeando todas as situações e liberei o trabalho em horas extras dos nossos policiais para podermos dobrar o efetivo nas ruas ao longo dos próximos dias. O Estado estará com efetivo reforçado, focado no patrulhamento das regiões no entorno das escolas — afirmou Leite.
O anúncio ocorreu no Palácio Piratini, para a imprensa, e contou com a participação de membros das forças de Segurança Pública e secretarias de Segurança e de Educação.
O encontro foi marcado em virtude de mensagens nas redes sociais com ameaças a instituições de ensino e também em razão do caso desarticulado em Maquiné, no Litoral Norte, na terça-feira (11), onde um adolescente de 14 anos que foi apreendido por planejar um ataque na cidade. Os pais dele foram presos.
Leite ressaltou a importância da ação das famílias.
— Estamos realizando estas ações, mas precisamos das famílias. Precisamos que os pais estejam mais atentos aos filhos, que saibam com quem eles conversam, como estão na escola, o que fazem nas redes sociais. E se tiver algo errado acontecendo, entre em contato pelo disque denúncia ou mesmo pelo 190. O nosso botão de pânico é o 190 — afirmou.
A orientação dos órgãos de segurança é de que não sejam compartilhadas imagens de ataques em escolas, para não estimular atos de violência. Também se recomenda evitar espalhar informações de supostas ameaças.
Após o ataque registrado na creche de Blumenau, as forças de segurança do Rio Grande do Sul observaram um aumento de notícias falsas e boatos sobre ações semelhantes no Estado. Conforme Leite, todas essas situações estão sendo apuradas e haverá punições:
— Infelizmente, em muitos casos, são menores de idade mal intencionados que usam as redes sociais para alarmar a população. Essas pessoas terão consequências por seus atos e serão punidos.
Casos de suspeita de ataques podem ser denunciados para a Brigada Militar (telefone 190), Polícia Civil (197) e disque-denúncia da SSP (181), que funcionam 24 horas por dia. Não é necessário se identificar.