Foi oficializado, na manhã desta segunda-feira (27) em Porto Alegre, o envio de 90 mil chromebooks novos para escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul. A entrega aconteceu na Escola Técnica Senador Ernesto Dornelles, no Centro Histórico.
A entrega é feita proporcionalmente, com uma quantidade mínima de 30 computadores para as instituições menores. Conforme a Secretaria de Educação (Seduc), as coordenadorias regionais de educação já começaram a receber os computadores.
Além dos equipamentos que começaram a ser entregues nesta segunda-feira, outros 50 mil computadores já tinham sido distribuídos para os professores de instituições de ensino e somam um investimento de R$ 250 milhões.
Os chromebooks são computadores que funcionam com um sistema operacional diferente e são focados no armazenamento de arquivos digitais, conhecidos como nuvem. Dessa forma, podem facilitar tanto o ensino remoto quanto a administração das tarefas dentro e fora da escola.
A cerimônia teve a presença do governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, e da Secretária Estadual de Educação, Raquel Teixeira. Após o ato, a secretária comentou sobre a importância de manter a digitalização do ensino mesmo após a retomada das aulas presenciais.
— A escola que nós temos hoje é muito diferente da que tínhamos em março de 2019. Ela requer novas habilidades, formações e um novo olhar, tanto sobre como formar os alunos, quanto como apoiar os professores no ensino com tecnologia. A criatividade e inovação é que vão determinar as habilidades dos alunos daqui pra frente — afirma Raquel.
No aguardo para serem utilizados
Os chromebooks destacados na cerimônia desta segunda-feira são os mesmos equipamentos que já haviam sido encaminhados para o Instituto Flores da Cunha, no bairro Rio Branco. No entanto, ainda não saíram das caixas, já que a escola já chega a quase 20 dias sem luz após os cabos de energia serem furtados do local.
Por outro lado, a direção da escola confirmou que recebeu, também nesta segunda, a autorização para contratar a empresa que fará o conserto. Ainda não há prazo para a retomada de energia, que dependerá agora do tempo de execução do serviço.
Ao analisar a situação da escola, a secretária confessou que o Estado esbarrou na burocracia pra dar uma resolução mais rápida a esse problema:
— É uma questão que temos que realmente resolver. Não temos autonomia para isso, pois dependemos da Secretaria de Obras. Estamos tratando com eles a demanda para um projeto permanente. Demorou um pouco para eles entenderem que é preciso haver uma resolução emergencial agora, enquanto a efetiva está sendo elaborada. É uma questão de burocracia que a gente vai ter que aprender a melhorar.