Esta segunda-feira (3) foi o primeiro dia de retorno às aulas na rede privada de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Embora tenham sido autorizadas, de maneira facultativa, pela prefeitura, a imensa maioria das escolas permaneceu de portas fechadas.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro informou que nenhuma unidade associada havia retomado as atividades, de acordo com levantamento realizado pela entidade durante a manhã. Já o Sindicato dos Professores afirmou que apenas uma instituição, em Jacarepaguá, decidiu pela reabertura.
Também nesta segunda-feira, escolas da rede privada do Maranhão retornaram às atividades presenciais. Segundo o G1, a maior parte dos estabelecimentos deu início à reabertura pelo terceiro ano do Ensino Médio. Já os demais alunos serão liberados a voltarem às instituições gradualmente, a partir da próxima semana. A retomada não foi obrigatória e ocorreu em ao menos 50 escolas maranhenses, nas quais estudantes e professores usaram máscaras e mantiveram o distanciamento social.
Além do município do Rio e do Estado do Maranhão, apenas o Amazonas havia autorizado, até esta segunda-feira, o regresso dos estudantes às salas de aula. Desde 6 de julho, instituições de ensino básico da rede particular de Manaus estão liberadas para receberem alunos de forma presencial. Até o momento, 70% dos estudantes dessas escolas já retomaram as atividades.
Já na rede estadual do Amazonas, a retomada está marcada para o próximo dia 10, no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), e para 24 de agosto, no Ensino Fundamental. O governo elaborou um plano de protocolos, que incluem medidor de temperatura para todos os frequentadores.
Calendário incerto
Em quase todo o país, as atividades de ensino nas redes pública e privada estão suspensas desde março, na tentativa de controlar a pandemia do coronavírus. No Rio Grande do Sul, as atividades presenciais seguem sem previsão de retomada, assim como na maioria dos Estados e municípios brasileiros.
O Mapa de Retorno das Atividades Educacionais Presenciais no Brasil, elaborado diariamente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), apontou, na última sexta-feira (31), que nove Estados e o Distrito Federal apresentaram propostas de datas para o retorno das atividades presenciais. No Distrito Federal, por exemplo, a retomada estava marcada para a segunda-feira (27) da semana passada, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) suspendeu por 10 dias as atividades presenciais.
Agora, a Justiça busca um acordo, sugerindo a volta das aulas presenciais nas escolas particulares no Ensino Médio e profissionalizante a partir de 10 de agosto. Depois, o Ensino Fundamental 2, do 6º ao 9º ano, no dia 17, e, por último, o Ensino Fundamental 1, do 1º ao 5º ano, e o Infantil, no dia 24.
Em São Paulo, maior Estado do país, o horizonte ainda permanece incerto. Após anúncio de que o retorno das aulas ocorreria em 8 de setembro, o secretário de Educação, Rossieli Soares, afirmou que a autorização depende da Secretaria da Saúde – um novo calendário deverá ser divulgado na próxima sexta-feira (7). Já o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, sinalizou que a retomada segue indefinida, sendo improvável que ocorra no dia 8 do mês que vem.
Adiamentos
Embora tenham anunciado a volta das atividades de ensino presenciais, outras localidades também têm decidido pelo adiamento. Em Tocantins, onde a reabertura seria nesta segunda-feira, o governo comunicou a prorrogação para setembro. A prefeitura de Natal, no Rio Grande do Norte, havia autorizado o reinício em 10 de agosto na rede particular e em 14 de setembro na rede pública. Mas, agora, disse que as datas estão, mais uma vez, indefinidas.
Já no Acre, que tinha previsão de reabertura das escolas em setembro, o retorno foi adiado para 2021, anunciou, nesta segunda-feira, o Fórum Estadual de Educação.