Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (31), o presidente do Sindicato do Ensino Privado no Estado (Sinepe), Bruno Eizerik, defendeu a autonomia das instituições na decisão de retomar as aulas no RS. De acordo com o representante da rede, escolas e universidades estão prontas para voltar às atividades, mas dependem do aval do governador Eduardo Leite.
— Nós achamos que uma definição por parte do governo não deveria ocorrer. A escola conhece a comunidade onde está inserida e tem muito mais capacidade de definir quais alunos voltariam primeiro — afirma o presidente do Sinepe.
No início de junho, o governador Eduardo Leite divulgou as regras para a retomada, com cada turma operando com 50% dos alunos, em rodízio semanal. As aulas presenciais só poderão ocorrer em bandeiras laranja ou amarela. Eizerik enfatiza que "desde que o decreto saiu, (a escola privada) está se preparando para receber os alunos".
Dentre as medidas tomadas pelas instituições, estão o cumprimento de protocolos de distanciamento e de higienização, igualmente para todas. A questão, conforme o presidente do Sinepe, é que cada escola toma essas medidas levando em conta as especificidades de cada local.
— Tem escolas hoje que tem salas maiores. Se colocarmos aquela turma em sala maior, não precisamos reduzir números de alunos. Mas para aquelas que não tem, aí a escola vai poder trabalhar com rodízio, por isso não existe uma regra no geral. Tem escolas que estão adaptando ginásio para que seja transformado em salas maiores para não dispensar alunos. Temos várias soluções — avalia Eizerik.
Além disso, os alunos retornariam de forma escalonada, ou seja, a escola definiria quais turmas deveriam voltar primeiro:
— Na minha opinião particular, eu acho que a gente deveria voltar com a Educação Infantil. Mas pode ter determinada escola que queira voltar com o Ensino Médio. Por isso que o que o Sinepe defende, dentro do número limitado de alunos, é que as escolas possam ter autonomia.