Em 16 de março, a Dell Technologies Brasil iniciou a migração para o teletrabalho de todos os sites do Brasil, com exceção da manufatura, totalizando 3 mil funcionários trabalhando remotamente. Segundo a diretora de Recursos Humanos da Dell Technologies Brasil, Fernanda Kessler, o fato de, antes da pandemia de coronavírus, a Dell Technologies ter políticas e ferramentas tecnológicas voltadas a permitir que os profissionais trabalhassem de forma remota, facilitou o processo.
Desde 2011, a empresa adotou uma política flexível de trabalho, com 65% dos colaboradores no Brasil desfrutando do programa Connected Workplace. Fernanda ressalta que nos primeiros sinais de que havia uma pandemia chegando ao Brasil, a empresa decidiu preservar a saúde e a segurança do time, viabilizando o trabalho remoto para praticamente todas as áreas da empresa, com exceção da manufatura, em apenas 2,5 dias, sem causar impacto na operação.
— Temos a clareza de que o mundo corporativo mudou e que, com o avanço da tecnologia, tornou-se possível para muitas áreas trabalhar de qualquer lugar, com a mesma eficiência e produtividade que teria no escritório. Por isso, aplicamos imediatamente esse conceito na nossa operação global e com sucesso absoluto — destaca Fernanda.
Dentro da política de teletrabalho, a Dell incluiu boas práticas e ferramentas de colaboração e produtividade para garantir que os profissionais sigam trabalhando de forma remota. Foram fornecidos notebooks e periféricos — monitor, headset, teclado e mouse — e reembolso de alimentação e Internet para cada colaborador.
Outra questão que também teve atenção da empresa com a saúde mental e o equilíbrio emocional de toda a equipe. A Dell forneceu treinamentos e sessões virtuais para facilitar o dia a dia em home office durante a quarentena. Foi disponibilizado um programa de assistência psicológica, jurídica e financeira aos colaboradores e dependentes. Com o apoio da área de treinamento do Conexus (grupo de funcionários focado em apoiar o trabalho remoto), a empresa realiza eventos virtuais promovendo a troca de experiências em temas como desafios do trabalho remoto, equilíbrio de trabalho e vida pessoal, cuidado com a família e saúde mental. Há, ainda, um roteiro de aulas virtuais diárias de ginástica laboral.
Fernanda acredita que, do ponto de vista dos funcionários, essa modalidade permite equilibrar trabalho e vida pessoal, como ter mais tempo para si e dar uma atenção maior à família. Ela destaca um forte impacto na satisfação dos colaboradores .
— Os profissionais estabeleceram uma relação muito positiva com a empresa, com alto nível de engajamento e, como consequência, com aumento na produtividade e redução do turnover. Além disso, vemos um impacto positivo para o meio ambiente, ao reduzir os deslocamentos e a emissão de gases de efeito estufa, bem como a redução do consumo de água, combustível e energia, entre outros — enfatiza Fernanda.
Analista sênior de endomarkering há um ano e meio na Dell Technologies, Frances Danckwardt, 31 anos, de Porto Alegre, está atuando pela primeira vez no trabalho remoto. Para Frances, a rotina mudou 100% porque existe uma flexibilidade em relação à gestão. Antes da pandemia, Frances saía de casa por volta ds 7h para começar a trabalhar 8h. E só chegava depois das 19h. Agora, começa 8h, para ao meio-dia para o almoço e relaxamento, antes de retornar às atividades. Com mais tempo em casa, ela conseguiu até criar um projeto pessoal neste período.
— É preciso ter organização para não perder o tempo. Pode ser fácil demorar para engajar. Por outro lado, é mais fácil antecipar entregas porque o foco no home office é muito maior. Às vezes, consigo executar mais do que planejei para o dia — revela.
Frances imagina que depois da pandemia, o melhor cenário seria trabalhar parte da semana em casa e outra, na empresa, pois ela sente falta das relações humanas e da troca imediata de experiências com os colegas.