Pelo quarto ano consecutivo, o início das aulas do Centro Universitário Metodista — IPA, em Porto Alegre, é marcado por uma paralisação dos professores. O início oficial do ano letivo ocorreu na segunda-feira (10). O protesto ocorre em função do atraso no pagamento dos salários de novembro e dezembro e do 13º. De acordo com Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), somente o valor referente às férias foi quitado.
Na tarde desta quarta-feira (12), está prevista uma reunião envolvendo o sindicato e a reitoria. Os professores solicitam o pagamento integral do mês de novembro e, como compensação pelo atraso, um terço de férias extra, além do já recebido, para finalizar a paralisação. Posteriormente, a quitação dos valores restantes seria negociada junto à mantenedora.
Diretora do Sinpro/RS, Margot Andras afirma que 225 professores fazem parte do corpo docente da instituição e apenas a faculdade de Direito teria iniciado as aulas normalmente. A administração do IPA garante que diversos outros cursos têm os professores em sala de aula. Por meio de nota, a entidade destaca ainda que está em constante diálogo com seus funcionários e docentes e que já apresentou proposta de parcelamento para regularizar as pendências financeiras.
Situação no Colégio Americano
No Colégio Americano, em Porto Alegre, que pertence à mesma mantenedora do IPA — o Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista —, as aulas estão previstas para começarem na próxima segunda-feira (17). Os 89 professores da instituição também estão com atraso nos salários. O sindicato alega que o pagamento referente ao mês de dezembro, do 13º e do terço de férias não foi realizado. A diretora do Sinpro/RS ressalta que há uma expectativa de que a direção da escola entre em contato com a entidade.
— Temos uma assembleia marcada para esta quinta-feira (13). Estamos aguardando um posicionamento da direção em relação ao pagamento dos salários, mas, até agora, não tivemos retorno — afirma a diretora.
Assim como o IPA, a administradora do Colégio Americano afirma que está em constante diálogo com os funcionários e docentes e que já apresentou proposta para regularizar as pendências financeiras. A instituição possui atualmente 900 alunos matriculados em turno regular.