O Senado aprovou, nesta terça-feira (17), requerimento para a realização de uma sessão especial em homenagem ao patrono da educação brasileira, Paulo Freire. A iniciativa do pedido é do líder do PDT, senador Weverton (PDT-MA), com apoio de outros senadores, que também assinaram o documento.
A sessão especial deve ocorrer no plenário do Senado em 4 de maio de 2020, mês em que a morte de Paulo Freire completará 23 anos.
Durante o debate da proposta, os parlamentares criticaram o presidente Jair Bolsonaro por ter chamado o educador de "energúmeno" nessa segunda-feira (16), quando também afirmou que a programação da TV Escola "na verdade deseduca os brasileiros".
O senador Weverton lembrou que Paulo Freire dedicou toda a sua vida à causa social e reconhecê-lo é reconhecer a história do Brasil.
— Não é apenas a parte de dentro dos muros das universidades que precisa se indignar com tamanha agressão ao mestre da educação, mas qualquer homem e mulher que sabem que um dia nós podemos ser melhores se nós praticarmos o bem. E praticar o bem é apoiar, de forma intransigente, não só a educação, mas também defender os educadores — completou.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também saiu em defesa de Paulo Freire ao dizer que ele é o brasileiro mais homenageado em todos os tempos, reconhecido pela Unesco não somente pela condição humana, mas pela obra em prol da educação:
— Paulo Freire é reconhecido pela Unesco, não como homem, não somente pela sua condição humana, mas, em especial, pela obra que ele empreendeu para a educação, principalmente dando luz a uma teoria nova, chamada Pedagogia do Oprimido. Quem é Paulo Freire? Quem é o senhor Jair Bolsonaro? O lugar de um, o panteão dos heróis da história; o lugar de outro, a lata do lixo da história, para onde ele caminha a passos largos — sentenciou.
Com informações da Agência Senado.