A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) descumpriu acordo firmado com os três sindicatos que representam os empregados da instituição (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado dos Vales do Rio Grande do Sul, Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul e Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado dos Vales do Rio Grande do Sul) e não pagou a parcela referente ao mês de maio das rescisões de contratos dos últimos demitidos. Somente para os professores, o valor pendente chega a R$ 1,5 milhão. Desde o fim do ano passado, 323 docentes foram demitidos, além de pessoas da área administrativa.
Houve um acordo para que os pagamentos fossem feitos em até 20 parcelas. Os valores de março e abril foram quitados. A parcela que está pendente venceu em 15 de maio, mas, pelo próprio acerto, havia um período de tolerância de uma semana, que venceu nesta quarta-feira (22), e o pagamento não foi feito.
Segundo a mantenedora da Ulbra, a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), ainda não há confirmação de quando será feito o pagamento. A instituição afirma que atua em duas frentes liberar caixa para os desembolsos: tenta derrubar os bloqueios de valores de suas contas na Justiça do Trabalho e que o governo federal repasse os recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) atrasados.
Na terça-feira (21), a Ulbra teve o pedido de recuperação judicial negado pela Justiça. O entendimento do juiz Marcelo Tonet foi de que não foram cumpridos os pressupostos processuais, o que leva à extinção do processo. A instituição informou que vai recorrer da decisão.
Em nota, a Aelbra reforça que "a decisão judicial não interfere na rotina acadêmica, nem nas atividades das escolas de Educação Básica da Rede Ulbra de Educação. Todas as disciplinas previstas continuam ofertadas, os trabalhos acadêmicos e escolares seguem normalmente, assim como o calendário de aulas, demais atividades e o Vestibular Ulbra 2019/2, que está com as inscrições abertas”.