Após o pontapé inicial de alunos e ex-alunos da Escola de Engenharia, a própria Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) planeja, ainda em 2019, criar um fundo patrimonial — incluindo todas as faculdades. A intenção foi informada pelo reitor da instituição, Rui Vicente Oppermann.
— Temos todo o interesse de fazer o fundo patrimonial da UFRGS, e ele poderá receber as doações para direcionarmos à pesquisa, saúde, cultura, enfim. É do interesse de todos ter apenas um fundo patrimonial de acordo com a lei. Um fundo robusto tem capacidade de investimento maior do que vários fundos — afirma o reitor, destacando que a expectativa é de que, no futuro, o fundo da Engenharia seja absorvido.
Oppermann salienta que a criação de um endowment na UFRGS não é uma forma de privatizar a instituição.
— Isso não vai substituir a obrigação do governo federal em financiar as universidades federais. Não comparamos com fundos de universidades americanas porque pode dar a impressão de que vamos financiar uma universidade pública e gratuita com fundos privados. Mas isso é contra a Constituição. Queremos aplicar em obras que ampliem o escopo da universidade. Como, por exemplo, na construção de um laboratório de altíssima tecnologia — destaca.