O Rio Grande do Sul apresentou queda de 2,27% no número de matrículas em cursos presenciais do Ensino Superior em 2017, de acordo com o Censo da Educação Superior, divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). E quem carrega esse número, mais uma vez, são as instituições privadas do Estado, que registraram mais de 10 mil matrículas a menos do que no período anterior.
Com isso, as instituições particulares, que já amargavam 3,5% de queda na avaliação passada, veem esse percentual praticamente se manter, ficando em 3,62%, o que confirma a perspectiva de queda consecutiva para pelo menos até 2019. Na rede pública de Ensino Superior gaúcha, houve um crescimento baixo, com 104,7 mil matrículas no ano passado e 103,2 mil em 2016, o que indica estagnação nas matrículas em cursos presenciais.
No cenário nacional, há uma tendência de que os cursos de educação a distância (EAD) sejam os responsáveis pelo crescimento – ainda que pequeno – no número geral de matrículas, que foi de 8.048,701 em 2016 para 8.286,663 em 2017, sendo que os cursos presenciais registraram praticamente estagnação. Houve, em percentuais, diminuição de 0,4% entre 2016 e 2017, enquanto que os EAD pularam de 1,4 milhão para 1,8 milhão de matrículas, o que já representa uma participação de 21,2% do total de matrículas de graduação.
Outro dado curioso do quadro nacional apresentado pelo Censo da Educação Superior é a grande quantidade de vagas não ocupadas. Em 2017, foram oferecidas mais de 10,7 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 73,3% vagas novas e 26,6% vagas remanescentes. Das novas vagas oferecidas no ano passado em todo o país, apenas 36,3% foram preenchidas, enquanto somente 12,1% das vagas remanescentes foram ocupadas no mesmo período. As menores taxas de ocupação são observadas na rede privada.