Começou nesta segunda-feira (20), o Seminário Internacional América do Sul na Era Nuclear: Riscos, Desafios e Perspectivas. O evento promovido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ocorre até esta terça-feira (21), no Centro de Convenções da instituição e conta com 1,2 mil participantes inscritos. O seminário é direcionado a estudantes, pesquisadores e também à população em geral.
Trata-se da a primeira vez que a UFSM protagoniza uma discussão internacional sobre a indústria nuclear. São 22 palestrantes que atuam diretamente no setor, de países como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. O seminário contará também com a participação de três instituições reconhecidas com o Nobel da Paz, além de representantes de outras entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a organização Women In Nuclear Global (WiN Global) e a Fundação de Não Proliferação para Segurança Global (NPSGlobal).
Na programação do primeiro dia de evento estão previstas três mesas de discussões. Na primeira delas, os conferencistas debaterão as medidas nacionais e regionais para a segurança de instalações nucleares já existentes, além da cooperação regional para usos pacíficos da energia nuclear e também os riscos do terrorismo.
A segunda mesa do evento discutirá a importância de evitar a proliferação de armas nucleares e eliminar os arsenais existentes. Já o apoio à eliminação das armas de destruição em massa é o tema da terceira discussão do primeiro dia de seminário.
O evento é organizado pela universidade, em parceria com a Pugwash Conferences on Science and World Affairs, que foi premiada com o Nobel em 1995 pelos esforços em diminuir o papel das armas nucleares na política internacional e por contribuir para que, com o passar do tempo, esse tipo de armamento seja eliminado.
Além dela, a International Physicians for the Prevention of Nuclear War (IPPNW), reconhecida com o Nobel em 1985, também terá representante no seminário. A IPPNW ficou conhecida por difundir e divulgar informações relevantes para a conscientização das consequências da guerra atômica. Também se fará presente no debate na UFSM a Campanha Internacional para Abolição de Armas Nucleares (ICAN), que recebeu o prêmio no ano passado por trazer à tona as consequências catastróficas humanitárias decorrentes do uso de qualquer arma nuclear e pelos esforços em atingir as metas propostas nos tratados de proibição deste tipo de armamento.
A programação completa do evento está disponível no site.