O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, afirmou neste domingo (19) que a Europa não demonstrou ainda sua vontade de "pagar o preço" para salvar o acordo nuclear rejeitado pelos Estados Unidos.
Washington restabeleceu, em 6 de agosto, uma primeira série de sanções contra o Irã, depois de sua retirada unilateral do acordo nuclear firmado em 2015 entre Teerã e as grandes potências. Além disso, lançou uma advertência aos países que persistirem em fazer negócios com a República Islâmica.
Os americanos deram a todas as empresas que mantêm atividades comerciais com o Irã um prazo de entre 90 e 180 dias para se retirarem do país. Agora, por medo de sofrerem penalidades americanas, um grande número de grupos - entre eles a montadora alemã Daimler - já anunciaram sua retirada do Irã.
Segundo Zarif, os governos europeus sugerem as medidas para manter os laços com o Irã nos setores petroleiro e financeiro depois da segunda série de sanções que os EUA devem lançar em novembro.
Trata-se, porém, mais de "uma declaração de intenção do que de medidas práticas", disse o ministro no site do Clube de Imprensa iraniano.
"Acreditamos que a Europa ainda não está disposta a pagar o preço" de desafiar as sanções americanas, acrescentou Zarif.
As sanções em vigor dizem respeito especialmente à indústria automotiva e à aeronáutica civil, assim como às importações de matérias-primas.
* AFP