Nos primeiros seis meses de 2018, a Universidade Federal de Santa Maria contabiliza um corte de R$ 20 milhões para as demandas de execução de obras no campus principal e nos demais campi — Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Silveira Martins. A informação foi dada a GaúchaZH pelo pró-reitor de Planejamento, Frank Casado.
Para todo este ano, a universidade trabalha com uma projeção de liberação, por parte da União, de R$ 141 milhões para custear demandas como assistência estudantil, serviços terceirizados — como vigilância — reformas e serviços de água, luz, telefone. O valor consta na Lei de Orçamento Anual (LOA). Até o momento, conforme a pró-reitoria, deste total, R$ 65 milhões foram liberados, o que corresponde 46% do todo para custeio e capital.
No ano passado, foram destinados R$ 160 milhões para essas demandas. Deste valor, R$ 123 milhões foram para custeio e R$ 37 milhões para investimentos. De acordo com a Lei de Orçamento Anual, a universidade terá, para 2018, R$ 11 milhões para obras. Ainda assim, o Executivo federal sinaliza com a possibilidade de aportar mais R$ 8 milhões ainda nos próximos meses. Para este ano, a UFSM espera receber R$ 141 milhões, o valor é 88,1% do repassado pelo governo federal em 2017.
A UFSM também se preocupa com a execução e a expansão do campus de Cachoeira do Sul, idealizado em 2013 e que teve a sua implementação iniciada no ano seguinte. O valor previsto para a implantação total da 1ª fase do campus de Cachoeira do Sul é de R$ 129 milhões. Para este ano, há uma projeção de liberação de apenas R$ 5 milhões para a unidade. Contudo, a pró-reitoria de Planejamento acredita que esse valor fique, no máximo, perto dos R$ 5 milhões.
Preocupação
A universidade trabalha para que não haja risco de suspensão de serviços básicos da federal – como as refeições servidas no Restaurante Universitário (RU) e os auxílios concedidos a acadêmicos por meio da assistência estudantil. No momento, o pró-reitor adianta que "não há risco de comprometimento do dia a dia da instituição".
Restrições
Essa não é a primeira vez que a UFSM sofre com uma redução drástica de verbas. A instituição de Ensino Superior sofre com cortes, contingenciamentos e retração desde 2014. À época, o corte em investimentos foi de 59%. No ano seguinte, o índice foi de 46%. E em 2016, o contingenciamento foi, ligeiramente, menor: 37%. E, ano passado, ficou na casa dos 45%.
Nos últimos quatro anos, a UFSM deixou de receber R$ 270 milhões. Em decorrência de ajustes no orçamento que a universidade teve de fazer, foram cortados cerca de 160 servidores terceirizados nas áreas de vigilância, portaria, recepção, entre outros setores.
Mesmo assim, o orçamento da instituição foi, em 2017, de R$ 1 bilhão.