O Rio Grande do Sul deu, nesta quinta-feira (13), os primeiros passos para integrar os currículos das redes estadual, municipal e privada do Estado a partir da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Gestores das três redes de ensino lançaram o Referencial Curricular Gaúcho, em cerimônia no Ministério Público Estadual, durante o primeiro Seminário Estadual da nova BNCC, em Porto Alegre.
O documento pretende organizar os conteúdos de temática regional considerando a Base Nacional. Inicialmente, as mudanças serão implementadas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, já que as alterações no Ensino Médio ainda não foram homologadas pelo Conselho Nacional de Educação.
Durante o seminário, no qual compareceram MEC, secretários municipais de Educação e entidades representativas, como a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), foi lançada uma plataforma digital, em que profissionais da educação poderão sugerir temas ao referencial. A ferramenta estará disponível ainda em abril e ficará aberta a colaborações durante um mês.
— Os profissionais poderão deixar suas contribuições de acordo com suas áreas de conhecimento e, em junho, faremos audiências públicas no Estado para discutir o tema — adianta a diretora do Departamento Pedagógico e coordenadora estadual de currículos da Seduc, Sônia Rosa.
O presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, acredita que a construção coletiva do referencial enriquecerá o currículo escolar no Estado, mas reforçou que isso não significa engessamento dos programas escolares.
— É importante dizer que estamos falando de diretrizes, não é uma imposição de regras. Serão respeitadas as individualidades e os projetos das escolas. Somos parceiros dessa iniciativa. Temos a Base Nacional, que é a parte mais diversificada, e daremos a cara do Estado nessa parte — diz.
O governo do Estado deve publicar nos próximos dias uma portaria para constituir uma comissão de 22 professores representando a Seduc, a Undime e o Sinepe/RS para debater o novo currículo.